29/04/2024

Tá Telecom quer integrar redes Wi-Fi de ISPs; entenda

Operadora virtual recém-criada é resultado da Iniciativa 5G Brasil, grupo que reuniu mais de 400 ISPs do país para participar do leilão 5G.

Já pensou em usar a rede Wi-Fi de outras pessoas quando estiver em deslocamento? É o que está planejando fazer a Tá Telecom, operadora móvel virtual (MVNO) criada por provedores regionais de internet. A ideia é fazer a integração das redes Wi-Fi dos ISPs que a compõem.

O que a empresa quer é fazer com que os clientes desses provedores possam acessar a rede Wi-Fi uns dos outros quando em deslocamento, ou seja, em roaming. Ou seja, se um usuário sair da sua área de cobertura, ele poderá se conectar a uma rede de um desses outros clientes dessas ISPs. O que pode ser chamado de Open Wi-Fi.

Ainda não há informações da data de lançamento do serviço, mas de acordo com Rudinei Carlos Gerhart, diretor executivo da Tá Telecom, em conversa com Mobile Time, a novidade pode vir a ser disponibilizada no segundo semestre do ano. “É um projeto de open WiFi. Os assinantes vão poder fazer roaming em cima de redes WiFi 5 e WiFi 6. Isso é útil especialmente em espaços indoor onde o sinal mobile tenha cobertura deficiente”, explica o executivo.

A operadora móvel virtual é composta por 50 ISPs do Sul e Sudeste, mas é uma empresa aberta, sendo que qualquer empresa do Brasil pode participar, caso seja do interesse. Sua expectativa é chegar a dezembro com 150 mil assinantes de telefonia móvel e passar de 5 milhões até 2028. A MVNO está conectada à plataforma da Surf Telecom que, por sua vez, utiliza a rede da TIM.

A Tá Telecom é resultado da Iniciativa 5G Brasil, grupo que reuniu mais de 400 ISPs de todo o país para participar do leilão 5G ocorrido em 2021. Na licitação, o grupo não conseguiu arrematar lote das frequências disponíveis, mas Gerhart diz que não descarta a possibilidade da MVNO participar de novos leilões de espectro da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no futuro.

O executivo afirma que, em longo prazo, a empresa terá estrutura mais preparada para um eventual novo leilão. “No leilão de 5G entramos como debutantes e fomos bem competitivos com apenas quatro meses de trabalho”, comenta.

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