21/04/2024

Google pagará valor milionário para encerrar processo sobre privacidade

Em acordo, a empresa terá que melhorar significativamente sua divulgação de rastreamento e localização e controles dos usuários.

A Alphabet, dona do Google, concordou em pagar cerca de US$ 400 milhões para encerrar uma investigação sobre alegações referente às práticas de rastreamento e localização de usuários ilegalmente da empresa. Segundo as autoridades, o acordo é classificado como o maior de privacidade já feito.

De acordo com o comunicado divulgado na segunda-feira (14) pela procuradora geral do Oregon, Ellen Rosenblum, que liderou as negociações junto de seu colega de Nebraska, Doug Peterson, a empresa terá que melhorar significativamente sua divulgação de rastreamento e localização e controles dos usuários a partir do próximo ano como parte do acordo.

Ellen Rosenblum classificou as práticas do Google como “ardilosas e enganosas”. “Por anos o Google priorizou o lucro em vez da privacidade de seus usuários”, declarou ela.

“Os consumidores achavam que tinham desativado suas ferramentas de localização no Google, mas a companhia continuava secretamente gravando seus movimentos e vendendo essa informação a anunciantes”, completou.

O assunto da privacidade do Google ficou mais em evidencia após Suprema Corte dos Estados Unidos ter anulado o direito ao aborto, em meio a temores de que a polícia poderia usar os dados de movimentos das mulheres para localizá-las e impor as restrições estaduais.

O Google havia dito anteriormente que iria excluir automaticamente os registros de visitas de usuários a esses locais classificados como sensíveis. A investigação foi iniciada em vários estado depoi que foi ao ar uma reportagem da Associated Press de 2018, que dizia que o “Google grava seus movimentos mesmo quando você explicitamente diz à empresa que não quer ser gravado”, de acordo com uma declaração da procuradora-geral de Michigan, Dana Nessel.

Foram citados dois problemas encontrados nas configurações de conta do Google: histórico de localização e atividades de web e app. A empresa argumenta que tais políticas foram alteradas. “Consistente com as melhorias que fizemos nos últimos anos, resolvemos essa investigação baseada em políticas de produtos desatualizadas, que mudados há anos”, declarou o porta-voz da companhia, José Castañeda, em comunicado.

De acordo com o procurador-geral de Nova Jersey, Matt Platkin, o Google pode rastrear a localização de usuários com sensores em seus dispositivos conectados a GPS, torres de celulares, wi-fi ou bluetooth.

“As plataformas digitais como o Google não podem alegar que fornecem esse controle de privacidade aos seus usuários e depois ignorar esses controles para vender ou coletar dados para anunciantes”, completou o procurador.

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