06/04/2024

Oi (OIBR3) registra prejuízo de R$ 321 mi no 2T22, mas reduz dívida

Segundo a companhia, a venda da Oi Móvel e da V.tal contribuíram para que a dívida fosse para R$ 16 bilhões no período analisado.

Na noite desta quinta-feira (11), a Oi (OIBR3) divulgou seus resultados financeiros referente ao segundo trimestre do ano, onde reportou um prejuízo de R$ 321 milhões entre abril e junho, vinda de um lucro de R$ 1,09 bilhão registrado no mesmo período do ano anterior.

Também houve queda nas receitas da empresa, onde a consolidada totalizou R$ 2.770 milhões, uma redução de 37,3% em relação ao período anterior e 36,9% no comparativo do mesmo período de 2021. A Companhia explica que essa redução ocorreu em função da conclusão da venda dos ativos da Oi Móvel para a TIM, Vivo e Claro e a alienação da V.tal.

O EBITDA (lucro antes de impostos, depreciações e amortizações) ficou em R$ 388 milhões, baixa de 69,8%. O Capex (investimentos de capital) caiu 79,5% na comparação ano a ano, para R$ 388 milhões no segundo trimestre de 2022.

O destaque do relatório está na redução da dívida, onde a Oi terminou junho com endividamento líquido de R$ 16 bilhões, contra R$ 25,69 bilhões no segundo trimestre do ano passado. Mesmo com o prejuízo, o Caixa da Oi foi positivo, onde cresceu para R$ 5 bilhões, ante R$ 1,98 bilhão em 2021.

Operacional

Em termos operacionais, a Oi encerrou o segundo trimestre com 3.678 mil casas conectadas com Fibra (Homes Connected – HCs), sendo que suas adições líquidas totalizaram 144 mil acessos no período (86% das adições foram de clientes residenciais. As receitas ligadas aos serviços de Fibra encerraram o 2T22 em R$ 958 milhões (+4,9% no comparativo trimestral e +38,7% no comparativo anual).

A Companhia encerrou o 2T22 com 2.276 mil clientes de voz fixa por tecnologia de cobre no segmento, redução 12,3% em relação ao 1T22 e de 42,8% em comparação ao 2T21. Na banda larga de cobre, registrou 880 mil UGRs, uma queda de 16,8% no trimestre e de 1,2% na comparação anual.

No total, a Oi terminou junho com 12,83 milhões de clientes, sendo que 7,26 milhões são de fibra óptica, que se tornou o carro-chefe da companhia. A Oi Soluções apresentou 2,28 milhões de assinantes. Enquanto os serviços legados, de telefonia em cobre na área de concessão, tinha 3,15 milhões de usuários. A receita líquida dos serviços legados totalizou R$ 502 milhões, queda de 40,5% em relação ao 2T21.

TV por assinatura

A receita líquida da operação contínuada da TV DTH, foi de R$ 312, redução de 5,6% na comparação com o período anterior e de 12,4% em relação ao segundo trimestre de 2021. A empresa explica que esse recuo está relacionado à queda da base, que foi de 5,4% na comparação sequencial e de 22,2% no comparativo anual.

Por fim, a Oi espera um cenário melhor, e que quando a venda da TV DTH para a SKY for concluída, a receita e custo não serão mais suas responsabilidades.

“Espera-se que até 2023, a venda da operação de TV DTH, que já tem o term sheet com a Sky assinado, seja concluída. Quando concluída, a receita e os custos de conteúdo associados não serão mais de responsabilidade da Companhia, a partir do closing. Com os recursos da operação, a Companhia espera financiar o contrato oneroso de capacidade satelital”, diz no relatório.

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