22/04/2024

Amos Genish afirma que V.tal vai investir em data centers, IoT e small cells

Empresa pode se beneficiar com a presença capilar em edificações e mobiliário urbano para construir uma rede de internet das coisas (IoT).

Nesta segunda-feira (13), Amos Genish assumiu o posto de Presidente do Conselho e CEO da V.tal, com a missão de continuar o plano de investimento de R$ 30 bilhões da empresa em fibra óptica até 2025, além de acrescentar mais segmentos ao plano de atuação. Segundo o executivo, a companhia vai contribuir, além da fibra, data centers “edge”, small center e rede IoT.

Genish explica que a estratégia é baseada na demanda crescente por serviços de alto desempenho em tempo real.

“Edge computing e edge data center, trazer o computador para perto do cliente, são uma realidade. Se você tem lentidão, não tem real time applications, que são os carros, autônomos, o gaming, tudo que exige latência de 1 ms ou menos. Não se fala mais em banda larga, se fala em latência”, observou.

Amos Genish diz que, além da fibra, a V.tal também herda prédios e edificações da Oi que poderão ser usada nos novos serviços, incluindo hospedagem de equipamento de data centers. “Temos a vantagem de ser o data player mais relevante do país e termos prédios espalhados pelo Brasil que podem ser explorados”, disse.

A Globenet, empresa que possui data centers e rotas submarinas, já tinha planos de expandir nestes segmentos, que agora ganham potência por causa da sua incorporação à V.tal. Até dezembro deste ano, é planejado que a empresa termine a construção de um data center em Fortaleza (CE), além de planejar construir um data center em Porto Alegre (RS), para puxar um ramal submarino.

“Vamos chegar com cabos submarinos a outros estados, sempre com foco em reduzir a latência. Ter a conexão internacional apenas em Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo já não vai ser suficiente para entregar esse serviço. E vamos construir do zero os data centers nestes locais”, diz.

Embora não tenha torres de telefonia móvel, a V.tal pode se beneficiar com a presença capilar em edificações e mobiliário urbano para construir uma rede de internet das coisas, e ainda, oferecer small cells para operadoras do país. Segundo Amos Genish, será necessário um backbone de alta capacidade para escoar o tráfego 5G, assim como a capilaridade em fibra e antenas.

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