11/12/2024

Curvalux trará internet banda larga sem fio para o Brasil

Empresa britânica realizará, em breve, o primeiro teste piloto com a sua tecnologia, e espera assinar contrato comercial no país.

A empresa britânica Curvalux trará em breve para o Brasil um modelo teste de internet banda larga sem fio. Será o primeiro teste piloto com essa tecnologia no país. Será com um grande provedor de Internet do estado de São Paulo. De acordo com o CEO, Richard Pak, é esperado que ao longo de 2022, sejam realizados outros testes e assim assinar seu primeiro contrato comercial no país.

A tecnologia da Curvalux se trata de uma solução de banda larga fixa sem fio usando o padrão Wi-Fi na frequência de 5 GHz. O que a difere das outras é a alta eficiência das duas antenas, com tecnologia de beamforming que aumenta a capacidade e reduz custos. Seu equipamento de acesso, batizado como Edge Node, trabalha com 16 beams, cada um alcançando 300 Mbps e somando cerca de 5 Gbps ao todo em WiFi 6.

A cobertura do serviço atinge de 5 Km a 10 KM, mas pode alcançar até 20 KM, a depender da topologia. Cada Edge Node tem capacidade para 800 usuários simultâneos.

Outro diferencial é o consumo de energia: Edge Node precisa de apenas 150 W, o que permite que seja abastecido por um painel solar, sem necessidade de ligação à rede de distribuição de energia. A nive comparação, uma ERB 4G, demanda de 5 a 10 kW.

A Curvaluz se inspirou na comunicação satelital para desenvolver a tecnologia, onde seus fundadores trabalharam por mais de 10 anos e decidiram levar o conhecimento adquirido para uma solução de comunicação terrestre.

“Satélites são caros, levam dois a três anos para serem construídos e precisam sobreviver no espaço, onde a temperatura varia do calor ao frio extremo dependendo se está de frente ou não para o Sol. Além disso, o equipamento recebe muita radiação. O satélite se comunica com a Terra a uma grande distância e tem que sobreviver por 15 a 20 anos com sua energia vindo apenas de painéis solares. O sistema precisa ser muito eficiente para se comunicar a 30 mil Km de distância com uma pequena antena. A performance precisa ser de alto nível para que seu preço seja competitivo frente às opções terrestres”, descreve Pak.

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“O que fizemos foi criar uma versão pequena da tecnologia de um satélite e instalá-la em uma torre. Levamos a eficiência satelital para a comunicação terrestre. Só que em vez de se comunicar a 30 mil Km de distância, são apenas 10 Km. E não precisa sobreviver em condições meteorológicas extremas”, compara.

Curvalux no Brasil

De acordo com a empresa, sua solução é adequada para países emergentes que possuem deficiência de internet de banda larga no interior. O principal alvo é as ISP que queiram montar uma rede de alta eficiência e baixo custo. A arquitetura de rede recomendada consiste na instalação de Edge Nodes em torres para cobrir uma cidade, e a instalação de CPEs WiFi nas residências para a conexão dos assinantes. O backbone pode ser feito com rádio ou fibra.

A Curvalux encontrou no Brasil um dos seus outros mercados prioritários no mundo, devido a sua geografia e tamanho. “Estamos comprometidos em fazer um grande impacto e prover produtos acessíveis e de alta velocidade no Brasil. Muita gente aguarda por fibra, mas isso pode levar tempo. A Curvalux pode prover uma solução alternativa“, diz Pak.

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