19/04/2024

Bilionário que tentou comprar a Oi Móvel e a InfraCo é preso nos EUA

Amigo pessoal do ex-presidente Donald Trump, ele controla a Digital Colony, responsável pelas operações da Highline no Brasil.

Bilionário que tentou comprar a Oi Móvel e a InfraCo é preso nos EUA

Nesta semana, o bilionário Thomas Barrack, fundador e diretor executivo da Colony Capital foi preso nos Estados Unidos acusado de fazer lobby junto ao ex-presidente Donald Trump, em favor dos Emirados Árabes Unidos. Ele deverá ficar detido até a próxima segunda-feira, 26 de julho, quando haverá uma audiência na Justiça.

Amigo pessoal de Trump, Barrack ajudou a arrecadar fundos para campanha presidencial e atuou como um consultor externo do ex-presidente. Utilizando-se dessa influência, ele propunha metas de política externa para os EUA que beneficiassem os Emirados Árabes Unidos, enquanto solicitava orientações e feedbacks do país árabe. O empresário também é acusado de obstruir a Justiça e mentir para agentes federais que investigavam o lobista.

Entre os empreendimentos da Colony Capital está a subsidiária Digital Colony, que concentra investimentos em infraestrutura de telecom. Há poucas semanas, ela foi rebatizada como “DigitalBridge”. Diante da prisão, Barrack renunciou ao assento no conselho da divisão nesta quarta-feira, 21 de julho.

Entre os negócios do fundo de infraestrutura está a Highline, empresa de torres de telefonia, que tem negócios no Brasil. A empresa chegou a fazer um lance de R$ 15 bilhões para a compra da Oi Móvel, mas perdeu o leilão para o consórcio formado pela Claro, TIM (TIMS3) e Vivo (VIVT3).

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A Highline também tinha interesse na InfraCo, a nova unidade de fibra neutra criada pela Oi (OIBR3/OIBR4). Porém, o Grupo BTG acabou arrematando a unidade. A subsidiária da Digital Colony só teve sucesso na compra das torres da operadora em recuperação judicial, por R$ 1 bilhão.

Nos bastidores, a Highline atualmente negocia com provedores regionais para disputar o leilão de frequências do 5G no Brasil, ainda sem data para acontecer. Recentemente, o Cade aprovou a venda de parte da Highline para o fundo canadense AIMCo, movimento este que é é visto como um preparativo para a disputa no certame.

Com informações de O Globo e The New York Times.

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