25/04/2024

Brasil adere a projeto inédito para construção de novo cabo submarino

Chile, Argentina, Austrália e Nova Zelândia também participam da iniciativa.

Brasil adere a projeto inédito para construção de novo cabo submarino

Nesta quinta-feira, 13 de maio, os Ministérios das Relações Exteriores e das Comunicações (MCom) assinaram uma nota conjunta no qual o Brasil passa a participar do projeto de construção do cabo submarino “Humboldt”.

A infraestrutura de fibra óptica será a primeira a interligar a América do Sul à Oceania e à Ásia.

A iniciativa é do Chile, e já teve a adesão da Argentina, Austrália e Nova Zelândia.

O cabo conectará Valparaíso (no Chile) a Sydney (na Austrália), passando por Auckland (na Nova Zelândia), percorrendo um total de 14.810 quilômetros de extensão.

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A conexão entre a Austrália e a Ásia será feita por 5 cabos que já foram implantados e estão em funcionamento.

Quanto o novo cabo submarino estiver pronto, ele terá um sistema de 8 fibras ópticas com capacidade inicial de transmissão de dados de até 400 Gbps.

Com o Humboldt, a América do Sul, inclusive o Brasil, passará a contar com um aumento da redundância da conexão com a internet mundial, incluindo a melhoria da disponibilidade e da confiabilidade do sistema.

Além disso, permitirá o aumento do tráfego de dados do país, a partir da complementação da conexão de fibra entre o Brasil e os países vizinhos.

Hoje, 80% do tráfego de internet na América do Sul está concentrada no Brasil, Argentina e Chile.

“A adesão brasileira ao projeto do cabo ‘Humboldt’ vem somar-se a outras importantes iniciativas do governo brasileiro, como o leilão de frequências de 5G, que dinamizará o mercado nacional de telecomunicações, ao viabilizar aplicações industriais dessa tecnologia ultrarrápida, ultraestável e de latência (tempo de resposta aos comandos) mínima”, afirmou o Ministério das Comunicações.

O projeto é orçado em US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões na cotação atual).

Nos próximos meses, estão previstas reuniões sobre as modalidades financeiras e técnicas da participação do Brasil no projeto.

É estimado em 25 anos o prazo da concessão público-privada que deverá operar o cabo submarino.

Com informações de MCom.

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