21/04/2024

Associações defendem migração de sinais via satélite para banda Ku

Radiodifusores mudam de opinião e argumentam que liberar a faixa de 3,5GHz para o 5G é a política mais adequada.

Em contribuição à consulta pública para a proposta de edital para o leilão do 5G, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) e a Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão (SET) formalizaram o entendimento conjunto de que a migração das transmissões via satélite para a Banda Ku é a política mais adequada, conveniente e eficiente, liberando a faixa de 3,5GHz para o conexão de nova geração.

Desde as primeiras discussões para a proposta do edital, a questão da convivência das transmissões via satélite e o 5G, na frequência de 3,5GHz, tem sido um ponto polêmico, além de ser um dos principais motivos para o atraso no leilão.

Em janeiro, a Abert e a Abratel, em conjunto com o Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), já haviam reconhecido a possibilidade do uso de filtros, mas parece que mudaram de opinião.

Na consulta pública, as associações se dizem preocupadas com a potencial interferência prejudicial do 5G na recepção do sinal de TV aberta via satélite, o qual consideram um serviço essencial, livre e gratuito, que leva informação, esporte e entretenimento para a população.

Apesar da existência de estudos técnicos para garantir a convivência entre as transmissões televisivas e o 5G, as entidades afirmam que ainda não há demonstração de viabilidade do sistema ou que o preço do filtro seja equivalente aos valores atuais praticados no varejo.

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Por tais motivos, as associações entendem que a migração dos sinais da Banda C para a Banda Ku seja a melhor solução, inclusive adotada por outros países, como os Estados Unidos, por exemplo.

“É inegável a relevância dos serviços de satélite que, há mais de 30 anos, fornecem a transmissão de sons e imagens, sendo uma parte essencial de cadeias de distribuição de conteúdo para emissoras comerciais e públicas… Para parte significativa da população, trata-se da única fonte de informação, cultura e entretenimento, o que demanda a adoção de uma solução efetiva voltada ao bem-estar social do cidadão, além de tecnicamente eficiente, perene e alinhada às dinâmicas e tendências mundiais de utilização do espectro”, dizem as associações.

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