17/03/2024

Chamadas de voz podem ficar mais caras a partir de fevereiro

Preços podem aumentar em até 50%; saiba o motivo.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) está estudando um reajuste nos valores referente ao uso da rede móvel (VU-M), o preço pago entre as operadoras para completar chamadas em redes concorrentes. O aumento pode impactar os custos pagos pelo consumidor para realizar chamadas de voz.

Segundo cálculos da própria agência, o valor pode aumentar a partir de 24 de fevereiro em torno de 50% em chamadas móveis para números de outras operadoras e em torno de 30% para ligações realizadas por telefone fixo. Um reajuste menor seria definido na semana passada, mas uma liminar suspendeu a decisão da agência por, pelo menos, um mês.

Periodicamente, a Anatel faz reajustes nos valores de interconexão, definindo quanto uma operadora móvel tem que pagar ao fazer chamadas para números que terminam em uma rede de uma empresa concorrente. Em 2018, foi publicada uma proposta de que esse preço saltasse de R$ 0,013 para R$ 0,019, valendo a partir de fevereiro deste ano.

Entretanto, em novembro de 2019, a Claro sugeriu à Anatel uma redução desse reajuste de 50% para menos de 10%, com o argumento que a agência estava utilizando dados desatualizados. Segundo a empresa de telefonia, a disseminação de planos de voz ilimitados e o hábito do consumidor de manter ligações para números da mesma operadora permitiria um custo de interconexão menor.

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A decisão liminar — que interrompeu a votação da semana passada —, surgiu da TIM, alegando que não recebeu os autos do processo na revisão das contas sugeridos pela Claro.

Como a TIM não possui rede fixa, ela recebe uma receita maior de VU-M do que paga para as outras operadoras. Ela não questiona a porcentagem, mas como a mudança nos cálculos foi feita.

Como tal reajuste tem impacto nas receitas das operadoras, a decisão é polêmica, pois, a Anatel precisa divulgar esse reajuste com uma certa antecedência, para que as empresas possam ajustar seus planejamentos financeiros.

Na prática, o aumento do valor de VU-M impacta diretamente as pequenas prestadoras, que dependem das redes das grandes teles para operar. A Oi também sentirá financeiramente o reajuste, pois, entre os grandes players, é a que tem a maior base de telefonia fixa e a menor rede móvel, o que a faz depender mais das redes concorrentes.

Com informações de Teletime.

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