24/04/2024

Expansão do 4G pode ser obrigatória para a chegada do 5G

Na nova proposta do leilão 5G da Anatel, operadoras podem ser obrigadas a cobrir regiões não contempladas com tecnologia 4G ou superior.

Ilustração Torre
Imagem: Pixabay

O Brasil terá a chance de ser um dos primeiros, mas também poderá ser um dos últimos na adoção do 5G. É o que comentou Rafael Steinhauser, presidente da Qualcomm no Brasil. O executivo foi um dos participantes do debate sobre o implante da tecnologia na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.

Junto dele, empresas de telecomunicações, emissoras de TV, entidades da sociedade civil e autoridade regulatórias participaram da audiência. No diálogo, houve um consenso: o potencial transformador da introdução do 5G.

A Internet das Coisas, inclusive, foi muito destacada entre os impactos sociais e estratégicos que a nova conexão móvel trará.

“A comercialização do 5G está mais rápida que a do 4G. Países reconheceram a importância vital que o 5G vai ter e todos se lançaram a colocar redes no ar. O 5G está sendo lançado em todos os países da Europa. O Brasil pode ter chance de ser dos primeiros ou dos últimos da América Latina a lançar. Vai depender de nós. No Brasil ainda nem temos definição exata de como será o processo licitatório e como será licitado o espectro. Sem ele não funciona, pois precisa de muita banda”, comentou Rafael Steinhauser.

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Pelo comentário de Rafael, chegamos ao maior problema do lançamento, o leilão de espectro. Agendado para março do próximo ano, o evento acabou adiado para meados de 2020, com possibilidades de ficar para 2021.

O motivo? Foi comprovado que a tecnologia terá interferência no sinal da TV por parabólica. Wender Souza, representante da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel), enfatizou a polêmica.

O executivo destacou que a TVRO está presente em 22,1 milhões de lares no Brasil, principalmente em rincões do país, locais em que outras tecnologias para transmissão de canais não chegam.

“O problema da vez para dar segurança ao leilão é o que fazer com a TVRO. Precisamos dar uma solução definitiva. Defendemos tirar toda a base receptora da televisão doméstica da banda C e migrar para banda Ku. Além disso, que sejam distribuídos kits de recepção para a banda ku para população do cadastro único”, destacou Wender Souza.

Entretanto, a Anatel já circula uma proposta para o leilão. O documento, inclusive, já foi entregue ao Conselho Diretor. Entre as obrigações previstas, as operadoras terão que atender localidades não contempladas com tecnologia 4G ou superior.

Há também uma meta de cobertura. Nela, 95% das áreas urbanas de cidades com menos de 30 mil habitantes precisam estar cobertas pela atual geração ou superior. A ampliação dos backbones, que viabilizam a fibra ótica, também poderá ser exigida.

Com informações de ComputerWorld

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