18/12/2025
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Governo cria sistema de autoexclusão para apostadores e impõe novas regras às bets

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bet aposta celular
Reprodução/ChatGPT

O Governo Federal anunciou nesta quarta-feira (3) uma plataforma centralizada que permitirá aos apostadores com problemas de vício solicitar bloqueio em todas as bets licenciadas no Brasil. A medida integra um acordo de cooperação técnica entre os ministérios da Saúde e da Fazenda para enfrentar a crescente dependência em jogos de apostas online, que causa impactos econômicos e sociais estimados em 38,8 bilhões de reais anuais ao país.

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Como funciona a plataforma

A partir de 10 de dezembro, a ferramenta estará disponível no portal Gov.br. O sistema permitirá que usuários solicitem exclusão por períodos entre um e 12 meses, ou por tempo indeterminado. Durante esse intervalo, o apostador ficará impedido de acessar qualquer plataforma de jogos regularizada e não receberá publicidade ou ações de marketing das casas de apostas. Veja o passo a passo para utilizar o serviço:

  1. Acesse o portal Gov.br com perfil prata ou ouro
  2. Informe seus dados pessoais: CPF, nome completo e data de nascimento
  3. Escolha o período de exclusão: um mês, três meses, seis meses, nove meses, 12 meses ou tempo indeterminado
  4. Especifique o motivo da autoexclusão
  5. Aguarde a confirmação do bloqueio em todas as bets licenciadas no país

Segundo o secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, Regis Dudena, a plataforma estará plenamente funcional na data prevista.

Dimensão do problema

Até agora, cerca de 950 mil apostadores já haviam solicitado autoexclusão diretamente nas bets regularizadas, segundo dados da Secretaria de Prêmios e Apostas. O número evidencia a dimensão do problema relacionado ao vício em jogos. Entretanto, apenas 1.951 pessoas foram atendidas no Sistema Único de Saúde por transtornos relacionados a apostas no primeiro semestre de 2025, o que demonstra que o atendimento está aquém da necessidade real.

O acordo entre as duas pastas prevê a criação do Observatório Brasil Saúde e Apostas Eletrônicas, que funcionará como canal permanente de troca de dados. Com as informações fornecidas pelos apostadores na plataforma, o Ministério da Saúde poderá identificar situações de vulnerabilidade e os principais fatores associados ao vício, subsidiando políticas públicas de prevenção e enfrentamento da ludopatia.

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Atendimento no SUS

A ludopatia é uma condição médica caracterizada pelo desejo incontrolável de continuar jogando e foi reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde. Para atender essa demanda, o Ministério da Saúde vai criar uma nova linha de cuidado específica para o tratamento do transtorno. Todos os Centros de Atenção Psicossocial passarão a ofertar cuidados específicos para pessoas com vício em apostas.

A partir de fevereiro de 2026, a rede pública oferecerá teleatendimentos em saúde mental com foco em jogos e apostas, por meio de parceria com o Hospital Sírio-Libanês. Inicialmente serão disponibilizados 450 atendimentos online mensais, mas o número poderá ser ampliado conforme a demanda. Os pacientes serão conduzidos ao atendimento presencial sempre que necessário.

Perfil dos apostadores em situação de risco

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o observatório permitirá identificar padrões de compulsão e direcionar equipes para entrar em contato com pessoas em situação de risco. Dados já disponíveis mostram que o perfil predominante é de homens entre 18 e 35 anos, negros, em situações de vulnerabilidade como desemprego ou separação, e com rede de apoio frágil.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou a falta de regulamentação das apostas online entre 2019 e 2022, período em que pouco foi feito apesar da autorização das bets em 2018. Ele afirmou que o monitoramento de dados também auxiliará no combate ao crime organizado, que tem utilizado plataformas para lavagem de dinheiro.

Investimentos e ações complementares

Serão investidos 12 milhões de reais em pesquisas sobre saúde mental e jogos de apostas. As medidas incluem ainda a disponibilização de orientações sobre como buscar ajuda na rede pública, com informações sobre pontos de atendimento do SUS por meio do aplicativo Meu SUS Digital e da Ouvidoria do SUS. A plataforma oferecerá testes para identificar uso problemático e apresentará orientações de assistência à saúde.

Os números do SUS demonstram o agravamento do problema: em 2023 foram realizados 2.262 atendimentos de pessoas com transtornos associados ao jogo, número que subiu para 3.490 em 2024. Com as novas ferramentas, o governo espera ampliar o acesso ao tratamento e reduzir os impactos sociais e econômicos causados pelo vício em apostas online.

PMERJ conhece infraestrutura tecnológica em visita ao Centro da Claro

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Claro padrão
Reprodução/ParkShopping

O Centro de Referência Tecnológica da Claro recebeu alunos da primeira turma do curso de especialização em tecnologia da informação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) para uma visita técnica que apresentou os bastidores das operações de telecomunicações, sistemas de teste e soluções que garantem qualidade, performance e segurança das conexões em escala nacional.

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Tecnologias de ponta em apresentação

Durante a experiência, os profissionais da corporação tiveram acesso a apresentações conduzidas pelos times de Engenharia, Evolução Tecnológica e Cibersegurança da operadora. Os temas abordados incluíram tecnologias estratégicas como redes móveis 5G pessoais e veiculares, Fixed Wireless Access (FWA), Mochilink, Wi-Fi 6 e 7, além da plataforma Open Gateway.

O portfólio de soluções de cibersegurança voltadas à proteção de redes e infraestruturas críticas também foi destaque nas apresentações. Essas tecnologias desempenham papel fundamental na defesa contra ameaças digitais e na manutenção da integridade de sistemas essenciais para operações de segurança pública.

Parceria entre setor público e privado

Para Maria Teresa Lima, diretora-executiva da Claro empresas para Governo, a iniciativa reforça o compromisso da companhia em promover diálogo contínuo entre setor privado e público. “Essa interação gera sinergias importantes, amplia o repertório tecnológico e contribui para o fortalecimento do ecossistema de segurança digital no país. Ficamos muito satisfeitos em compartilhar nossa visão e know-how com uma instituição que desempenha um papel tão essencial para a sociedade“, afirmou a executiva.

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Tour pelos ambientes do CRT

Na etapa final da visita, os participantes conheceram os diversos ambientes do Centro de Referência Tecnológica. O grupo percorreu espaços como Telco Datacenter, redes de referência IP e ópticas, redes móveis, sala blindada, acesso GPON e FWA, além de soluções SD-WAN. A experiência prática permitiu compreender o processo de homologação de novas tecnologias.

Andre Sarcinelli, diretor de Engenharia da Claro, destacou a importância da capacitação tecnológica para ampliar eficiência operacional e fomentar inovação. “A visita foi muito proveitosa e os alunos ficaram bastante interessados em aprofundar conhecimento sobre as soluções de redes e cibersegurança da Claro, assim como testes no CRT integrando com as aplicações de segurança pública”, ressaltou o diretor.

Propostas do Brasil ganham destaque em conferência global da UIT sobre telecomunicações

Imagem: UIT/Reprodução

Entre os dias 17 e 28 de novembro de 2025, o Brasil consolidou sua influência no cenário global das telecomunicações ao ter suas principais propostas aprovadas na Conferência Mundial de Desenvolvimento das Telecomunicações (CMDT-25), realizada pela União Internacional de Telecomunicações (UIT) em Baku, capital do Azerbaijão.

O evento, que ocorre a cada quatro anos, é promovido pelo setor de desenvolvimento da UIT (UIT-D) e tem como objetivo debater estratégias para ampliar o acesso às Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), além de promover a inclusão digital em escala global.

Atuação brasileira é reconhecida pela UIT

Com articulação coordenada pela Comissão Brasileira de Comunicações (CBC4), o Brasil apresentou oito propostas próprias com amplo apoio regional, o que garantiu que já chegassem à conferência com o status de documentos interamericanos.

Entre os temas defendidos pelo país estavam:

  • Superação da lacuna digital;
  • Proteção de crianças no ambiente online;
  • Segurança cibernética;
  • Defesa do consumidor digital;
  • Colaboração intersetorial;
  • Organização dos trabalhos internos da UIT-D.

Além disso, o Brasil apoiou propostas de outras nações americanas, incluindo temas como acessibilidade, gênero, povos indígenas, resposta a desastres e telecomunicações em áreas rurais.

Avanços em IA, cibersegurança e inclusão digital

A CMDT-25 resultou em deliberações importantes para o futuro das telecomunicações.

Um dos destaques foi a aprovação da primeira resolução setorial sobre Inteligência Artificial, que orienta ações de capacitação e troca de experiências entre países, com atenção especial às necessidades de nações em desenvolvimento.

Na área de cibersegurança, foram incluídas diretrizes que reconhecem os riscos da computação quântica e da IA, propondo medidas de proteção para grupos vulneráveis, como crianças, idosos e mulheres. Também houve incentivo à inclusão feminina em carreiras de segurança digital.

Outro avanço significativo foi a redefinição das ações para combater a lacuna digital, com a introdução de conceitos sobre brechas de uso e cobertura, além da adoção da IA como ferramenta para ampliar o acesso às TICs.

Propostas brasileiras influenciam proteção digital infantil

As diretrizes aprovadas sobre a proteção de crianças online partiram diretamente de propostas do Brasil. Elas reconhecem a importância do desenvolvimento de habilidades digitais entre crianças e adolescentes e sugerem medidas como a limitação do uso de dispositivos em ambientes escolares, sempre com foco em segurança e bem-estar.

Brasil reforça presença na UIT e fecha acordos bilaterais

Durante a CMDT-25, dois servidores da Anatel foram eleitos para cargos estratégicos no Setor de Desenvolvimento da UIT: Roberto Hirayama assumirá a presidência de um dos grupos de estudo, e Andrea Grippa foi indicada para a vice-presidência de um comitê assessor.

A delegação brasileira também manteve uma agenda paralela com outros países, que resultou na assinatura de memorandos de entendimento com reguladores da Malásia e da Tailândia, visando aprofundar a cooperação internacional no setor.

Declaração e plano para 2026–2029

A conferência foi encerrada com a aprovação da Declaração de Baku e do Plano de Ação de Baku, que definem metas para os próximos quatro anos. 

Os documentos reforçam o compromisso dos países membros da UIT com a conectividade universal, significativa e acessível, especialmente em regiões carentes de infraestrutura. Leia a matéria que fizemos sobre o fim da CMDT-25.

Brasil amplia protagonismo no debate global

A atuação do Brasil na CMDT-25 reforça o papel do país como formulador de políticas no âmbito internacional, especialmente em temas emergentes como inteligência artificial, telecomunicações via satélite e direitos digitais.

O presidente da Anatel, Carlos Baigorri, avaliou os resultados como uma “atualização positiva do regime de desenvolvimento da UIT”, ao reconhecer que as tecnologias emergentes foram integradas às diretrizes que guiarão os próximos ciclos de trabalho.

Com participação ativa e estratégica, o Brasil reafirma seu compromisso com o avanço das telecomunicações como vetor de inclusão e desenvolvimento.

* Com informações da Anatel

Recursos de acessibilidade são cada vez mais comuns em celulares; conheça alguns

Imagem: Freepik/reprodução

Alguns recursos presentes hoje nos celulares mais modernos nasceram com um propósito específico: tornar o uso da tecnologia mais fácil para pessoas com deficiência. Mas na prática, muitos desses recursos acabaram ganhando relevância muito além do público-alvo inicial.

É o caso de funções como o Live Caption, que legenda automaticamente qualquer áudio reproduzido no aparelho. Pode ser um vídeo, um podcast, uma mensagem de voz, não importa. 

Se tem som, o celular transforma em texto na hora. Isso ajuda muito quem tem deficiência auditiva, mas também é útil em lugares barulhentos ou quando você esqueceu o fone de ouvido.

Esse e outros recursos demonstram que, de fato, fabricantes de smartphones como Apple, Google e Samsung, têm investido com seriedade em recursos de acessibilidade.

Mais conforto visual e interações simplificadas

Outro exemplo: o chamado “Extra Dim”. A função permite reduzir o brilho da tela além do que normalmente é permitido. Parece detalhe, mas faz diferença para quem sente desconforto com telas claras, especialmente à noite.

Tem ainda o Menu Assistente, uma espécie de botão flutuante que facilita o acesso a funções como volume, print da tela e configurações. Ele foi pensado para usuários com dificuldade de usar os botões físicos, mas na prática é uma mão na roda para quem quer agilidade.

E não para por aí. O sistema também pode alertar sobre sons importantes, como um alarme tocando ou um bebê chorando, por meio de notificações visuais. Um recurso valioso para quem tem perda auditiva, mas que também pode ser útil em outras situações do dia a dia.

Operadoras começam a se mexer

As operadoras de telefonia também têm feito alguns movimentos no sentido de tornar seus serviços mais acessíveis. 

Algumas já oferecem atendimento em Libras por videochamada, e há esforços para melhorar a interface dos aplicativos, com letras maiores, contraste ajustável e comandos por voz.

Em paralelo, também existem planos voltados ao público idoso, com aparelhos simplificados e suporte mais próximo, algo essencial para quem está dando os primeiros passos no mundo digital.

Mais do que inclusão, uma escolha inteligente

No fundo, o que está acontecendo é uma mudança de mentalidade. Acessibilidade deixou de ser vista apenas como uma obrigação ou como um recurso de nicho. 

Virou parte da experiência. E quando bem aplicada, beneficia todos, não apenas quem tem uma condição específica.

A questão agora é fazer com que mais pessoas saibam que esses recursos existem. Porque não basta estar disponível no aparelho. Afinal, se ninguém sabe ativar ou usar, é como se não estivesse lá.

Aplicativo pouco conhecido da Samsung pode reforçar a segurança em celulares Galaxy

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Imagem: Shutterstock/reprodução

Entre os recursos menos explorados pelos usuários da Samsung, há um que pode fazer diferença significativa na proteção de informações sensíveis no celular. 

Chamado de Secure Folder (Pasta Segura, em português), o aplicativo está presente em diversos modelos Galaxy e permite criar um ambiente separado, criptografado e invisível ao uso comum do aparelho.

Embora seja nativo do sistema, o recurso ainda passa despercebido por grande parte dos usuários. Quando ativado, ele funciona como uma espécie de cofre digital, em que fotos, documentos e até aplicativos podem ser mantidos longe de olhares curiosos.

Uma camada a mais de privacidade

O funcionamento é simples: ao configurar a Pasta Segura, o sistema cria um espaço isolado dentro do próprio dispositivo, que só pode ser acessado por meio de senha, biometria ou outro método de autenticação. 

Nada do que está ali aparece na galeria tradicional, nem é exibido entre os aplicativos normais do telefone.

Além da proteção, o aplicativo também permite que o usuário oculte completamente o ícone da pasta ou personalize seu nome e aparência, dificultando a identificação por quem não deve ter acesso.

Utilidade prática no cotidiano

Quem busca separar conteúdos pessoais de itens profissionais encontra no recurso uma solução eficaz. É possível transferir imagens, armazenar arquivos e até instalar versões duplicadas de aplicativos como WhatsApp e Instagram, permitindo o uso de múltiplas contas no mesmo dispositivo.

A transferência de dados pode ser feita diretamente pela galeria, explorador de arquivos ou pelo menu interno da própria Pasta Segura. Todo o conteúdo fica restrito ao espaço protegido, sem interferência no restante do sistema.

Ainda melhor que a opção do Android

O Google incorporou recentemente um recurso semelhante no Android 15, chamado Private Space, mas a proposta ainda tem limitações. 

Um exemplo é a impossibilidade de migrar dados protegidos entre dispositivos, algo que o aplicativo da Samsung permite por meio de backups locais.

No caso da Pasta Segura, o conteúdo continua criptografado, mesmo fora do celular, e só pode ser acessado mediante autenticação. A ferramenta, porém, é exclusiva da Samsung e não está disponível em aparelhos de outras marcas.

Um recurso útil que muitos ainda ignoram

Mesmo sendo um recurso consolidado no ecossistema da Samsung, o aplicativo segue como uma solução subutilizada pelos usuários de smartphones Galaxy.

Sem exigir conhecimentos técnicos, sua ativação pode representar um avanço importante na forma como o usuário lida com seus próprios dados.

Num cenário de aumento constante das ameaças digitais, recursos como o Secure Folder ganham relevância, principalmente por estarem disponíveis sem custo adicional e com integração nativa ao sistema da fabricante.

* Com informações de Make Use Of

TV Box pirata: veja dicas para identificar modelos irregulares

Imagem: Shutterstock/reprodução

Com o aumento do uso de dispositivos que oferecem acesso a canais de TV por assinatura e serviços de streaming, muitos consumidores passaram a recorrer às chamadas TV Boxes

No entanto, como bem sabemos, nem todos os aparelhos disponíveis no mercado são regulares. Alguns operam fora das normas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), configurando pirataria, e estão sujeitos a bloqueios remotos ou apreensão.

Inclusive, recentemente noticiamos algumas medidas de contenção da Anatel e operações que visam justamente minar a expansão de serviços de TV por assinatura pirateados.

Para evitar prejuízos, é fundamental saber como identificar uma TV Box pirata antes de comprar ou continuar utilizando o aparelho. 

A seguir, listamos os principais sinais de alerta recomendados por especialistas e pela própria Anatel.

1. Verifique o selo de homologação da Anatel

Todo equipamento de telecomunicações legalizado no Brasil deve apresentar um selo de homologação da Anatel. Ele geralmente está fixado na parte externa do dispositivo ou em sua embalagem, contendo um número de registro único.

Se o aparelho não tiver esse selo, há grandes chances de ser considerado irregular. Mesmo quando o adesivo está presente, é essencial conferir se o número é autêntico e válido.

2. Consulte o número no portal da Anatel

Não basta apenas checar se a TV Box tem o selo da Anatel: é necessário conferir se o número presente no selo é real. Afinal, criminosos também podem falsificar o selo.

Felizmente, a Anatel disponibiliza um sistema de busca pública onde qualquer pessoa pode consultar se determinado número de homologação é real. 

Basta acessar a página “Certificação de Produtos” no site da agência, digitar o código presente no selo na área “Consultar Produtos Homologados” e verificar se o aparelho realmente consta como autorizado.

A ausência de informações no sistema pode indicar falsificação ou uso indevido de um registro pertencente a outro modelo.

3. Desconfie de promessas de acesso gratuito a canais pagos

Aparelhos que prometem acesso ilimitado e gratuito a canais fechados, serviços de streaming e conteúdos sob demanda devem ser vistos com desconfiança. 

A pirataria de sinal, conhecida popularmente como gatonet, é ilegal e representa um dos principais alvos de operações conduzidas por autoridades brasileiras.

Como o Minha Operadora já noticiou anteriormente, recentemente, ações coordenadas entre Anatel, Polícia Federal e Ministério da Justiça resultaram na derrubada de serviços e plataformas piratas.

4. Prefira marcas conhecidas e com histórico de mercado

Aparelhos fabricados por empresas reconhecidas no setor de tecnologia e telecomunicações têm maior chance de estarem dentro da legalidade. 

Modelos como Amazon Fire TV Stick, Apple TV, Google Chromecast e Intelbras IZY Play constam na lista de produtos homologados pela Anatel.

Já marcas genéricas ou pouco conhecidas, especialmente aquelas vendidas sem manual em português ou sem suporte técnico no país, tendem a ser mais arriscadas.

5. Preço muito abaixo da média pode ser um indicativo

Se o valor do produto for muito inferior ao praticado por lojas confiáveis ou plataformas oficiais, é prudente investigar. 

Embora nem todo preço baixo indique ilegalidade, é comum que dispositivos piratas sejam vendidos com valores atrativos para atrair consumidores desavisados.

Por que isso importa?

Além do risco de perder o aparelho por bloqueio remoto da Anatel, quem utiliza TV Boxes piratas está mais exposto a falhas de segurança, vazamento de dados e até invasões por malware. Isso porque muitos desses dispositivos operam com softwares não certificados e conexões instáveis.

Além disso, a Anatel alerta que usuários de TV Boxes piratas estão “descobertos” pela lei. Ou seja, em caso de problemas, nem adianta procurar o Procon, por exemplo.

Mais do que uma questão técnica, o uso de TV Boxes irregulares representa um problema para todo o ecossistema de telecomunicações: prejudica operadoras, impacta a arrecadação de impostos e financia redes ilegais de distribuição de conteúdo.

A Anatel mantém em seu portal uma lista atualizada de dispositivos de TV Box homologados. Antes de adquirir um aparelho, vale a pena fazer a consulta. O processo é simples, gratuito e pode evitar dores de cabeça no futuro.

OpenAI declara “código vermelho” após Gemini do Google ganhar terreno

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OpenAI vs Google ChatGPT Gemini
Reprodução/Gemini

A OpenAI declarou “código vermelho” nesta semana em resposta ao crescimento acelerado do Gemini do Google, que conquistou 200 milhões de novos usuários em apenas três meses. O CEO Sam Altman enviou um memorando interno na segunda-feira (1º) alertando funcionários sobre a necessidade urgente de aprimorar o ChatGPT, diante da pressão competitiva crescente no mercado de inteligência artificial.

A medida representa uma inversão dramática no cenário da IA. Há três anos, foi o Google quem declarou seu próprio “código vermelho” após o lançamento viral do ChatGPT. Agora, com o lançamento do Gemini 3 em meados de novembro, a gigante de buscas recuperou terreno significativo na disputa tecnológica.

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Projetos adiados para focar no essencial

No memorando reportado pelo Wall Street Journal e The Information, Altman anunciou mudanças drásticas nas prioridades da empresa. Diversas iniciativas planejadas foram colocadas em segundo plano para concentrar esforços na melhoria do ChatGPT. Entre os projetos adiados estão:

  • Publicidade no ChatGPT: A integração de anúncios na plataforma, que seria uma importante fonte de receita, foi suspensa temporariamente.
  • Agentes de IA especializados: Os assistentes virtuais para compras e saúde terão seu desenvolvimento postergado até nova ordem.
  • ChatGPT Pulse: O assistente pessoal que estava em desenvolvimento também foi pausado para liberar recursos.
ChatGPT

O foco agora é melhorar recursos essenciais do chatbot, como maior velocidade e confiabilidade, personalização aprimorada e capacidade de responder a um leque mais amplo de questões. A empresa estabeleceu reuniões diárias com as equipes responsáveis pelo desenvolvimento e incentivou transferências temporárias de funcionários para acelerar o trabalho.

Gemini conquista usuários e reconhecimento

O Gemini cresceu de 450 milhões de usuários ativos mensais em julho para 650 milhões em outubro. Enquanto isso, o ChatGPT mantém mais de 800 milhões de usuários semanais, mas a maioria permanece no plano gratuito. O modelo Nano Banana, gerador de imagens do Google lançado em agosto, tem sido apontado como catalisador desse crescimento.

O Gemini 3 superou concorrentes em diversos benchmarks da indústria e conquistou elogios de executivos influentes. Marc Benioff, CEO da Salesforce, anunciou nas redes sociais que está abandonando o ChatGPT após três anos de uso diário. “Não vou voltar. O salto é insano“, declarou.

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Desafios financeiros aumentam a pressão

A situação é particularmente delicada para a OpenAI porque, diferentemente do Google, a empresa não é lucrativa. A companhia depende de rodadas constantes de captação de recursos para operar e construir novos data centers. Segundo estimativas, precisará atingir receita de US$ 200 bilhões até 2030 para se tornar lucrativa.

A OpenAI, avaliada em cerca de US$ 500 bilhões, assumiu mais de US$ 1 trilhão em obrigações financeiras com provedores de computação em nuvem e fabricantes de chips. Enquanto isso, o Google subsidia seus projetos de IA com receitas publicitárias de seu mecanismo de busca.

Contraofensiva em desenvolvimento

Apesar do alerta, a OpenAI não está parada. O memorando de Altman revela que um novo modelo de raciocínio será lançado na próxima semana, com desempenho superior ao Gemini 3 em avaliações internas. A empresa também planeja melhorias em seus modelos de geração de imagens.

Nick Turley, chefe do ChatGPT na OpenAI, reforçou publicamente o compromisso da empresa em tornar o chatbot “mais capaz, intuitivo e pessoal”, enquanto expande o acesso globalmente. A disputa promete novos capítulos nos próximos meses, com ambas as empresas investindo bilhões no desenvolvimento de IA.

Explosão de satélites vai comprometer fotos de telescópios, alerta Nasa

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Um novo estudo liderado pelo cientista Alejandro Borlaff, do Centro de Pesquisa Ames da Nasa, e publicado na revista Nature, alerta que a rápida proliferação de satélites em órbita baixa vai comprometer drasticamente as operações de telescópios espaciais, pois a luz refletida por esses dispositivos cria interferências que podem inviabilizar a ciência astronômica.

View of the Syncom IV satellite in orbit over the earth / satélite telescópio
NASA/Science Photo Library

A pesquisa indica que o número de dispositivos em órbita deve se multiplicar por 30 nos próximos 15 anos, passando de cerca de 15 mil para 560 mil até o ano de 2040, caso todos os planos de lançamento registrados na Comissão Federal de Comunicação dos EUA se concretizem. Esse aumento exponencial gera uma poluição luminosa sem precedentes no ambiente espacial, afetando diretamente a nitidez necessária para observar o cosmos profundo e detectar objetos distantes com precisão.

Embora a preocupação com a interferência luminosa já fosse uma realidade para os observatórios baseados em terra há mais de uma década, o novo trabalho demonstra que telescópios em órbita baixa, anteriormente considerados imunes e situados em posições privilegiadas, também sofrerão impactos severos. O estudo analisou dados do Telescópio Espacial Hubble e simulou cenários para outros três projetos futuros, revelando que a era da observação espacial livre de poluição humana está ameaçada.

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Interferência técnica e o fator Starlink

Como os satélites se movimentam muito rapidamente pelo espaço e as câmeras dos telescópios frequentemente necessitam de longos tempos de exposição para captar a luz fraca de galáxias distantes, a passagem desses objetos cria linhas luminosas nas fotografias. Mesmo que essa trilha não cruze diretamente a frente do objeto de estudo, ela gera um gradiente de luz difusa e aumenta o ruído de fótons na imagem, o que pode tornar a observação totalmente inútil para fins científicos.

Atualmente, a empresa Starlink, do bilionário Elon Musk, já lançou mais de 8.000 satélites, o que representa cerca de 65% da frota ativa de dispositivos em órbita hoje. Pelos cálculos da equipe de Borlaff, se essa tendência continuar, mais de um terço das imagens do Hubble se tornarão inviáveis para pesquisa em 15 anos. As simulações mostram que o Hubble, devido ao seu campo de visão mais estreito, ainda seria proporcionalmente menos afetado do que projetos com ângulos de observação maiores.

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O risco para os novos projetos

A situação é ainda mais crítica para observatórios promissores que ainda não foram lançados, como o SPHEREx da Nasa e o Arrakihs da Agência Espacial Europeia. As estimativas apontam que o telescópio chinês Xuntian, por exemplo, poderá ter imagens que lembram visualmente um tear devido à quantidade de linhas de perturbação, com uma média prevista de 92 trilhas de satélites por captura, tornando cerca de 96% dos dados coletados vulneráveis a essa contaminação luminosa.

O único grande projeto que permanece virtualmente imune a esse fenômeno é o Telescópio Espacial James Webb, um empreendimento de mais de US$ 10 bilhões. Isso ocorre porque a Nasa o posicionou em uma órbita muito mais distante do que a Lua, longe da congestão da órbita baixa da Terra onde operam as constelações de telecomunicação. No entanto, instrumentos como o Webb possuem tempo operacional limitado e objetivos muito específicos, não conseguindo suprir toda a demanda da astronomia.

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Desafios na mitigação do problema

Além das fotografias diretas, existe uma grande preocupação com projetos astronômicos que realizam espectroscopia para analisar propriedades materiais de estrelas, onde qualquer interferência mínima de luz compromete os resultados. A Starlink tem tentado minimizar a visibilidade usando tintas escuras, mas, embora o brilho não seja visível a olho nu nos modelos novos, eles continuam emitindo radiação infravermelha e refletindo ondas de rádio que perturbam os instrumentos sensíveis.

Para tentar mitigar o problema, os cientistas sugerem o uso de órbitas mais baixas para satélites de comunicação e a criação de sistemas públicos de monitoramento para que astrônomos saibam quando evitar observações. Contudo, essas medidas não neutralizam o impacto total, resultando no encarecimento dos projetos científicos, já que a remoção das trilhas de satélites das imagens exigirá trabalho extra e o desenvolvimento de tecnologias mais complexas de processamento.

TikTok investirá R$ 200 bilhões em data center no Ceará

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datacenter tiktok ceará
Reprodução/ChatGPT

O TikTok anunciou nesta quarta-feira (3) um investimento de R$ 200 bilhões para construir um data center no Ceará, em parceria com as empresas Omnia e Casa dos Ventos. O empreendimento será instalado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém e operará exclusivamente com energia eólica, representando o maior aporte do tipo no Brasil e o primeiro da plataforma na América Latina. O anúncio foi feito durante evento em Fortaleza com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Esse projeto é um investimento histórico para a empresa no Brasil, são mais de R$ 200 bilhões e é um passo fundamental que reflete o compromisso da empresa com o Brasil, que é um dos mercados digitais mais dinâmicos do mundo”, declarou Mônica Guise, diretora de Políticas Públicas do TikTok no Brasil. O valor representa uma atualização expressiva em relação aos R$ 50 bilhões divulgados anteriormente pela ByteDance, controladora da plataforma de vídeos curtos.

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Localização estratégica e capacidade energética

O data center será construído em etapas, iniciando com consumo energético de 300 megawatts (MW), o suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 500 mil habitantes. A previsão de entrada em operação é 2027. O complexo ficará localizado na Zona de Processamento para Exportação (ZPE) do Porto do Pecém, posicionamento estratégico que oferece uma das rotas mais curtas do Brasil para Europa e África por meio de cabos submarinos.

Junto com os parceiros locais, a Omnia (gestora Patria Investimentos) e a Casa dos Ventos, o data center utilizará energia 100% limpa proveniente de parques eólicos que estão sendo construídos especialmente para o projeto. Nenhuma energia será retirada da rede elétrica atual, garantindo que não haverá competição com o consumo residencial e comercial do estado. Serão construídas novas usinas eólicas e solares dedicadas exclusivamente ao empreendimento.

Sustentabilidade e tecnologia de resfriamento

A tecnologia de resfriamento adotada não utilizará água. Toda a refrigeração dos equipamentos será feita por sistemas 100% baseados em ar com alta eficiência energética. O consumo de água da instalação será mínimo, restrito apenas a uso humano como banheiros, cozinha e limpeza, além de atividades rotineiras de manutenção predial. Essa decisão garante que não haverá impacto sobre o abastecimento hídrico da região, mesmo em períodos de maior demanda.

Geração de empregos e impacto social

As fases de obra e operação devem gerar mais de 4 mil empregos, entre temporários e permanentes, com média salarial de R$ 5 mil. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, destacou a importância do projeto: “Hoje é um dia histórico para o Ceará. Temos um desafio: trazer empresas com melhores salários para dar empregos de qualidade para nossa juventude”. Ele também ressaltou que as empresas estão obrigadas a investir R$ 15 milhões por ano no desenvolvimento das comunidades do entorno do Complexo do Pecém.

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Impacto econômico e desenvolvimento regional

O investimento movimenta cadeias produtivas essenciais como energia, logística, construção civil, tecnologia da informação, telecomunicações e serviços especializados. Os efeitos esperados incluem aumento da arrecadação local, atração de novos fornecedores, fortalecimento da indústria regional e estímulo à inovação tecnológica no estado. O projeto já conta com autorizações importantes, incluindo a que permite prestação de serviços de exportação de dados.

O presidente Lula demonstrou otimismo com o empreendimento. “Estou convencido de que este data center será algo extraordinário para o desenvolvimento tecnológico deste país. Ele pode servir de exemplo para outros data centers em outras partes do país”, afirmou durante o evento. O ministro da Educação, Camilo Santana, complementou que o Ceará receberá “talvez o maior investimento privado da história cearense” e destacou que será “o primeiro data center totalmente ambientalmente correto”.

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Divulgação/Governo do Ceará

Starlink lança conexão direta ao celular na América Latina via satélite

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Divulgação/Starlink

A Starlink acaba de dar o pontapé inicial para sua expansão na América Latina com o lançamento do serviço Direct to Cell, tecnologia que conecta smartphones diretamente a satélites sem necessidade de antenas parabólicas. O Chile foi escolhido como primeiro país da região a receber a novidade, em parceria com a operadora local Entel.

A lista global de países com acesso à conectividade D2C da Starlink ainda é enxuta, incluindo menos de dez territórios como Estados Unidos, Japão e Canadá. A chegada ao mercado chileno marca uma virada estratégica para a região, que passa a contar com uma alternativa para as tradicionais zonas mortas de sinal móvel.

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O que é a tecnologia Direct to Cell

A sigla D2C significa Direct to Cell, ou direto para o dispositivo móvel. A principal diferença dessa solução está na eliminação da antena parabólica: o smartphone capta o sinal de satélite de forma direta, desde que tenha visão desobstruída do céu. Não importa se o usuário está em desertos, montanhas ou áreas rurais isoladas.

Divulgação/Starlink

Para viabilizar essa cobertura, a Starlink utiliza aproximadamente 650 satélites equipados com tecnologia D2C, que fazem parte de uma constelação maior já operacional. A empresa destacou a novidade nas redes sociais, afirmando que os usuários chilenos agora podem se manter conectados nas áreas mais remotas do país.

Limitações da fase inicial no Chile

Por enquanto, a conexão via satélite D2C da Starlink no Chile funciona apenas para mensagens de texto tradicionais (SMS). A empresa planeja liberar o uso de dados móveis por conexão via satélite em uma etapa futura, mas sem calendário público definido. A cobertura está disponível para clientes da Entel com planos de 150 GB e 450 GB, a partir de 12.990 pesos mensais (cerca de R$ 74,70), além dos planos Entel Black.

Outro filtro importante é a compatibilidade de hardware. A Entel mantém uma lista de smartphones homologados para o serviço, que já inclui mais de 40 modelos Samsung, aparelhos Xiaomi e dispositivos de marcas como Honor, Vivo e Motorola. Chamou atenção a ausência de iPhones na relação inicial, restringindo o acesso aos usuários de Android.

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O que muda para as áreas sem cobertura

A principal vantagem da tecnologia Direct to Cell é a eliminação de zonas sem sinal, mesmo que inicialmente limitada a SMS. Em situações de emergência ou trabalho em campo em regiões remotas como o Deserto do Atacama, a possibilidade de enviar mensagens pode ser decisiva para a segurança dos usuários.

A experiência ainda está distante da navegação plena em 4G ou 5G, e a exigência de visão livre para o céu permanece como uma restrição física. Mesmo assim, a chegada da Starlink ao segmento móvel cria uma nova camada de conectividade que tende a se expandir conforme dados e voz sejam incorporados ao pacote de serviços.

Pressão sobre operadoras e próximos passos

A entrada da Starlink no mercado de conexão direta ao celular traz um efeito competitivo claro. As operadoras móveis agora convivem com um modelo híbrido onde parte da cobertura deixa de depender exclusivamente de torres terrestres. Fabricantes de smartphones também precisam se adaptar para suportar a comunicação com satélites em órbita baixa.

A forma como a Starlink transformará um piloto baseado em SMS em uma oferta completa de dados móveis será o grande teste de maturidade da tecnologia. A experiência chilena deve ser observada de perto por reguladores, operadoras e usuários de toda a América Latina, incluindo Brasil e Argentina, que podem ser os próximos mercados da região a receber o serviço.

Os satélites da Starlink operam a 550 km de altitude, oferecendo latência média de 45 ms, muito inferior aos 680 ms de concorrentes tradicionais. Com velocidades duas vezes superiores a provedores como HughesNet e Viasat, a empresa de Elon Musk busca redefinir as comunicações globais, desafiando tanto provedores de internet via satélite quanto redes de fibra óptica. Vale lembrar que o desempenho da Starlink pode variar conforme a região, como já foi observado em alguns mercados.