14/12/2025

Paramount desativa oito canais na América Latina e reforça aposta no streaming

Agora, a empresa mantém apenas quatro canais do seu portfólio ativo na região. O foco deve recair sobre o Paramount+ e a Pluto TV.

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Imagem: Reuters/reprodução

A Paramount decidiu encerrar, a partir de 31 de dezembro de 2025, a transmissão de oito canais da sua grade de TV paga na América Latina. Com isso, permanecerão apenas quatro sinais em operação: MTV, Nickelodeon, Nick Jr. e Comedy Central.

A redução no portfólio atinge principalmente canais com foco musical e no público jovem, como MTV Hits, MTV 80’s, MTV 00’s, Club MTV, MTV Live, NickMusic e TeenNick. Chama atenção também a retirada do Paramount Network, canal que leva o nome da companhia e era voltado a filmes e séries.

A medida não chega a ser uma surpresa completa. Desde outubro, operadoras da região vinham alertando sobre mudanças na oferta de canais, e agora as notificações aos assinantes confirmam o plano de corte. 

Fontes do setor apontam que a reestruturação está alinhada à estratégia global da empresa, que passa por rever investimentos e concentrar esforços nas frentes com maior retorno.

Transição para o digital ganha força

A retirada das oito marcas reforça o caminho que o grupo já vinha trilhando: sair gradualmente da TV por assinatura tradicional para ampliar sua presença no ambiente digital. 

O Paramount+ tem recebido atenção crescente, enquanto a Pluto TV, serviço gratuito com anúncios, vem expandindo seu alcance e catálogo, principalmente entre usuários que migraram do modelo por assinatura para o consumo sob demanda.

No Brasil, esse processo é ainda mais avançado. A partir de 2026, o grupo deixará de manter canais lineares no país. A atuação local seguirá apenas com o streaming pago, a plataforma gratuita e o acervo de filmes do estúdio.

Impactos no mercado e no consumidor

A decisão da Paramount deve provocar ajustes nas operadoras que distribuem sua programação, além de gerar uma possível frustração entre os assinantes habituados ao conteúdo musical e infantojuvenil dos canais que sairão do ar.

A empresa, no entanto, sinaliza que essa mudança é reflexo direto do comportamento atual do público, que cada vez mais prioriza a flexibilidade do conteúdo sob demanda. 

Em vez de manter um grande número de canais com audiência dispersa, a companhia opta por concentrar suas apostas nos formatos com maior perspectiva de crescimento.

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