
A Starlink, operadora de internet via satélite da SpaceX, empresa aeroespacial do bilionário Elon Musk, vem ganhando espaço no Brasil. No entanto, quando se olha para os números, a velocidade de conexão ainda não acompanha o ritmo de crescimento da base de usuários.
Um relatório divulgado pela empresa Ookla, responsável pela plataforma Speedtest, aponta que o serviço segue abaixo da média global em território brasileiro.
Para se ter uma ideia, no terceiro trimestre de 2025, a velocidade mediana de download no Brasil ficou em 109,98 Mbps. É uma melhora em relação ao ano passado, mas o número ainda contrasta com os 220 Mbps registrados no cenário internacional.
Mesmo dentro do Brasil, o desempenho da Starlink está atrás da média nacional entre todas as operadoras, que atualmente é de 210,81 Mbps.
Crescimento em áreas remotas e liderança entre satélites
Apesar da defasagem, o serviço tem papel importante, especialmente em regiões onde outras opções de conexão são limitadas.
A empresa afirma ter superado 600 mil clientes no Brasil e já fornece internet a mais de 7 mil escolas públicas. Grande parte desse avanço se concentra na região Norte, onde o acesso tradicional costuma ser mais difícil.
A posição da Starlink no mercado latino-americano também chama atenção. Ela lidera com folga entre os serviços de internet via satélite.
Em comparação, a Viasat apresentou média de 32,73 Mbps no mesmo período, enquanto a HughesNet ficou em 15,93 Mbps. Os testes de velocidade feitos na região mostram que a Starlink respondeu por 98,2% das medições com redes satelitais.
Olho no futuro e na concorrência
Hoje, o plano residencial da Starlink é vendido por R$ 236 ao mês, além do equipamento, que custa R$ 2.400. A expectativa da empresa é melhorar esses números com uma nova geração de satélites, prevista para 2026. A promessa é ousada: alcançar velocidades de até 1 Gbps.
Ao mesmo tempo, o setor deve ganhar novos protagonistas. A Amazon pretende lançar sua própria constelação de satélites, o Project Kuiper, até o fim do ano.
Além disso, outros concorrentes também planejam atualizações em suas redes. Com isso, qualquer esforço da Starlink para melhoria do serviço entregue é válido comercialmente falando.





