
A operadora TIM deve instalar uma rede 5G na Estação Antártica Comandante Ferraz, base científica mantida pelo Brasil no Polo Sul.
O projeto, que reúne a Marinha, o Ministério das Comunicações e a Anatel, tem lançamento previsto para fevereiro de 2026.
A nova estrutura amplia uma parceria iniciada em 2022, quando a empresa levou sinal 4G ao local. Agora, com a quinta geração da internet móvel, o objetivo é proporcionar acesso rápido e contínuo a dados científicos, especialmente para equipes ligadas ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar).
Nova rede atenderá pesquisadores e operações logísticas
O 5G permitirá a transmissão imediata de informações, como imagens de satélite e registros de estações meteorológicas.
Isso deve reduzir a dependência de conexões por satélite e eliminar a necessidade de aguardar retorno ao continente para processar parte das coletas.
Além dos cerca de 180 cientistas que passam pela base todos os anos, a conexão também ajudará nas operações de suporte, como deslocamentos externos, rotinas de abastecimento e segurança da tripulação.
Equipamentos adaptados para resistir ao frio extremo
Instalar tecnologia de ponta em um ambiente como a Antártida exige soluções específicas. Segundo a TIM, os equipamentos foram projetados com aquecimento interno e mecanismos para evitar o congelamento das antenas. A área de cobertura estimada da rede será de aproximadamente 10 km ao redor da estação.
Durante a missão de instalação, está prevista também a produção de uma série documental para mostrar o cotidiano dos profissionais que atuam na região e os bastidores do projeto.

Governo destaca importância estratégica da iniciativa
O anúncio da parceria foi feito durante cerimônia oficial em Brasília. Presente no evento, o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, afirmou que a chegada do 5G ao continente antártico reforça o papel da conectividade como instrumento de desenvolvimento nacional.
Ele destacou que ações como essa complementam políticas públicas já em andamento, como o programa Norte Conectado, voltado à expansão da internet em comunidades isoladas da Amazônia.
Ainda segundo o ministro, o avanço da conectividade em locais extremos fortalece a soberania do Brasil e amplia a capacidade do país de produzir ciência em escala internacional.
* Com informações do Ministério das Comunicações, via Agência Brasil, e da TIM Brasil





