
A crise da Oi ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (25). A operadora, que já enfrenta uma fase delicada na Bolsa, perdeu um de seus principais investidores: a gestora americana PIMCO informou que vendeu todas as ações que ainda detinha na companhia, o equivalente a 19,7% do capital total com direito a voto.
A saída representa um golpe importante, já que a gestora era uma das maiores detentoras individuais de ações da Oi. Agora, os fundos administrados pela PIMCO não mantêm qualquer participação na empresa nem vínculos por meio de derivativos ou acordos de recompra.
O anúncio foi feito por meio de comunicado enviado ao mercado também na terça e engrossa o clima negativo em torno da companhia.
Ainda nesta terça, o Minha Operadora já havia comentado em matéria exclusiva o fraco desempenho dos papéis da operadora na B3, que estão sendo negociados a R$ 0,05 e acumulam queda de mais de 96% em um ano, o que preocupa investidores e afasta novos aportes.
Um investidor a menos no pior momento
Segundo o documento, a decisão não está ligada a nenhum plano de interferência na estrutura da empresa. Ainda assim, o recado implícito é claro: um dos principais players estrangeiros perdeu a confiança na Oi.
A operadora está em recuperação judicial, luta para reorganizar suas finanças e, nos últimos anos, se desfez de ativos importantes para tentar manter sua operação de pé.
O cenário, no entanto, continua desafiador. A venda da fatia da PIMCO acontece num momento em que o mercado parece ter esgotado a paciência com a falta de resultados concretos.
O reflexo no mercado
Não foram divulgados os valores envolvidos na transação, mas é natural que esse tipo de movimentação cause ruídos no mercado.
A retirada de um acionista de peso tende a impactar diretamente a percepção de risco, e pode empurrar ainda mais para baixo o valor das ações da Oi, que já acumulam forte desvalorização no ano.
O movimento da PIMCO pode abrir espaço para mudanças na base de acionistas e servir de alerta para outros investidores institucionais. A dúvida que fica é: quem ainda está disposto a apostar no futuro da operadora?





