03/05/2024

Câmara dos EUA aprova proposta para proibir o TikTok no país

Para continuar operando nos EUA, políticos querem o corte de vínculos com a ByteDance, a empresa chinesa controladora da plataforma.

Neste sábado (20), a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou o projeto de lei que propõe o banimento do TikTok do país, sob o argumento de risco de “segurança nacional”, por causa do vínculo com a ByteDance, a empresa chinesa controladora da rede social, que atualmente tem cerca de 170 milhões de usuários.

Imagem: Florence Lo / Reuters

De acordo com os deputados, os norte-americanos podem ter seus dados repassados para as autoridades genuínas, caso a ByteDance a pressione para tal. Além disso, ainda citam a possibilidade de manipulação de conteúdos supostamente ligados aos interesses da China.

Dessa forma, a Câmara ameaça banir a plataforma dos EUA, caso o TikTok não corte sua relação com a empresa chinesa. Ou seja, a ByteDance deve vender a sua participação na rede social dentro de um ano.

O autor do projeto de lei, Michael McCaul, um republicano do Texas, diz que essa proposta “protege os americanos e especialmente as crianças da influência maligna da propaganda chinesa no aplicativo TikTok. Este aplicativo é um balão espião nos telefones dos americanos”.

O projeto de lei foi votado com um pacote mais plano de ajuda para a Ucrânia e Israel pelo presidente da Casa, Mike Johnson. A Câmara aprovou o texto por uma margem de 360 ​​a 58, que agora será debatido pelo Senado, que deve votar a medida na próxima semana. O presidente Joe Biden disse que vai assinar a legislação.

O Tik Tok se defendeu contra as “acusações” e nega que a rede social pode ser usada como ferramenta do governo, assim como a possibilidade de compartilhamento de dados às autoridades. A rede social insiste que nunca compartilhou dados dos EUA e nunca o faria.

É lamentável que a Câmara dos Deputados esteja usando a cobertura de importante assistência externa e humanitária para mais uma vez aprovar um projeto de lei que atropelaria os direitos de liberdade de expressão de 170 milhões de norte-americanos”, disse o TikTok em comunicado.

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