27/04/2024

Empresas de Cartões de Crédito pedem cautela sobre desligamento das redes 2G/3G

Previsão de desligamento das redes 2G e 3G no Brasil tem levado a diversas entidades compartilharem seus pensamentos sobre a pauta.

A Abecs (Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviço) contribuiu com a Tomada de Subsídio nº 23 da Anatel, a qual aborda o desligamento das redes 2G/3G no Brasil. A entidade destaca que a maioria dos terminais de pagamento, popularmente conhecidos como maquininhas, opera na tecnologia 3G. Além disso, ressalta que o 2G é empregado como uma rede alternativa, acionada nos momentos em que a terceira geração não está disponível.

2G 3G

Para a entidade, é importante notar que, embora em quantidade limitada, algumas maquininhas utilizam a tecnologia 4G, recorrendo à rede 3G nos casos em que o LTE (Long-Term Evolution) não está acessível. Essas informações são relevantes no contexto da transição para o desligamento das redes mais antigas, evidenciando a dependência atual das maquininhas em relação às tecnologias 3G e 4G.

 “Ou seja, ainda que tivéssemos 100% do parque com a tecnologia 4G, o 3G ainda teria relevância para a conectividade dos clientes”.

A Abecs explica que o processo de atualização das maquininhas de cartão segue um ritmo próprio, caracterizado por um ciclo de renovação longo, baseado na vida útil dos dispositivos. Em 2015, embora a tecnologia 3G já estivesse bastante desenvolvida, a maioria das maquininhas utilizava o 2G. Atualmente, com a consolidação do 4G, é observado que a maioria das maquininhas em milhares de estabelecimentos comerciais no Brasil realiza transações nas redes 3G.

No setor de pagamentos, cada terminal possui uma vida útil média de aproximadamente 5 anos. Portanto, a Abecs sugere que a transição do 2G/3G para o 4G ocorra em um período equivalente, levando em consideração a durabilidade dos equipamentos.

Caso a transição para terminais de pagamento seja realizada em um prazo mais curto do que o atualmente previsto, existe o risco de não cumprimento adequado e de uma mudança significativa nos terminais de pagamento pelas empresas adquirentes nos diversos estados brasileiros. Isso poderia resultar em impactos negativos nos âmbitos logístico, financeiro, social e sustentável para as instituições de pagamento, bem como para as respectivas bases de estabelecimentos comerciais, empreendedores e clientes, conforme alertado pela organização.

É importante ressaltar que, mesmo atualmente, os fabricantes de terminais de pagamento continuam predominantemente produzindo equipamentos com tecnologia 3G. Além disso, a disponibilidade de terminais na opção 5G é ainda limitada, e, em consonância, os dispositivos de conexão 4G não estão totalmente estabelecidos e difundidos entre as empresas adquirentes. A baixa oferta de portfólio de terminais 5G e a falta de uma presença consolidada de dispositivos 4G são fatores a serem considerados, conforme conclui a organização.

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