05/04/2024

Claro defende aumento de preços na banda larga fixa

Esse movimento só ocorrerá se seguido por demais players. ‘A racionalização só vai acontecer se todos vierem’, diz Fábio Nahoum.

Durante um evento nesta terça-feira (28), em São Paulo, executivos da Claro falaram sobre os serviços de telecomunicações no país, em especial, da banda larga fixa e do 5G. Em ambos os casos, eles trouxeram como denominador comum a questão financeira.

A operadora tem retomado seu crescimento no segmento de banda larga fixa, mas o diretor de marketing da Claro Brasil, Fábio Nahoumm, diz que ainda é necessário um movimento de “racionalização” de preços no segmento, e de preferência, com apoio de demais operadoras.

Nahoum apontou um momento comercial de “retomada” da empresa na banda larga, com o investimento planejado na expansão da rede de fibra, mas afirmou que os preços praticados estão em níveis insatisfatórios.

“O que agora a gente vai trabalhar é na rentabilização do crescimento. Estamos operando com preços muito aquém do que gostaríamos no mercado de uma forma geral. Fizemos um movimento agora de reajuste de preços de venda e vamos fazer [mais] um no começo do ano para de fato suportar esse aumento, com racionalidade de ofertas para crescimento mais sustentável”, indicou Nahoum.

Em sua fala, o executivo fala de um possível aumento de preço no serviço, mas que deve ser um movimento de todos os players do mercado. “A racionalização só vai acontecer se todos vierem“, afirmou Nahoum. Ele destaca que o país já possui a segunda banda larga mais barata da América Latina, assim como o valor cobrado por megabit pela própria Claro teria caído 70% nos últimos cinco anos.

Nahoum atribui a queda do preço a competição com provedores regionais, que contam com “vantagens fiscais e regulatórias“.

Desafio do 5G

Já o diretor de Tecnologia da Claro, André Sarcinelli, em sua avaliação, diz o 5G ainda se mostra um desafio do ponto de vista financeiro para as operadoras. Embora já tenham sido internalizados os requisitos técnicos, as operadoras ainda precisam equacionar os custos e rentabilizar a rede. “O desafio continua muito mais do lado financeiro do que técnico. A conta é complexa. O investimento é muito alto, embora o leilão tenha sido não arrecadatório”, disse em evento promovido pelo site Teletime, em São Paulo.

“É um investimento alto quando se pensa também no custo operacional da rede 5G. A quantidade de watts é muita alta. Também há planos que não estouram a franquia, são ilimitados. E sobre o tempo de consumo do cliente na internet, não vemos uma mudança”, acrescentou.

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