05/04/2024

Anatel contará com laboratório físico para combater IPTV pirata

Laboratório faz parte da ampliação de um acordo que a agência fechou com a ABTA, associação que representa as empresas de TV paga.

Com a intenção de continuar o trabalho no combate à pirataria, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) terá em suas independências um laboratório especializado na análise de equipamentos de IPTV, cujos equipamentos são usados para transmitir conteúdos da TV por assinatura de forma ilegal.

O laboratório faz parte da ampliação de um acordo que a agência fechou com a ABTA, associação que representa as empresas de TV paga brasileiras no último dia 21, que deverá montar e equipar o espaço, além de fornecer consultoria técnica e treinar os servidores da Anatel para realizarem as análises a fim de identificar a pirataria e combatê-la.

Análises e estudos sobre a ação dos piratas e o possível combate por parte da agência e de outros órgãos públicos deverão ser produzidos no laboratório anualmente, sendo que análises deverão ser feitas de forma independente em em parceria com a ABTA. Inicialmente, serão investigados cinco modelos de TV boxes, que pirateiam o serviço de IPTV.

Os equipamentos serão todos doados pela entidade, sem ônus ao regulador. Mesmo os TV boxes piratas serão obtidos pela ABTA e entregues à agência. O laboratório deverá estar montado e produzindo em 190 dias.

A existência do laboratório físico não extingue o virtual que foi criado em 2022, que também realiza análises técnicas sobre os equipamentos e “outros meios ilegais de oferta pirata audiovisual”.

O laboratório online foi resultado do primeiro ano do acordo de cooperação, que tem duração total de 24 meses. Nessa primeira parceria, a ABTA tinha identificado que os sinais de TV paga surrupiados pelos piratas vinham de equipamentos da Oi, da Claro e da SKY.

Com isso, a ABTA continua prestando consultoria técnica sobre vulnerabilidades cibernéticas em equipamentos de TV paga usada para a pirataria, assim como os TV boxes capazes de distribuir sinal clandestino. Além disso, os resultados do uso de tecnologia que permite identificar a origem dos conteúdos pirateados serão cedidos para a Anatel.

Por causa dessa parceria com a associação, foi identificado que o modelo de TV box mais vendido no país em 2021 vinha com um malware capaz de capturar dados dos usuários.

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