29/04/2024

Huawei pode ter seus equipamentos 5G banidos das redes da UE

Restrição também seria adotada para outras empresas que possam representar um "risco à segurança" para a União Europeia.

Os equipamentos 5G da Huawei podem ser banidos da União Europeia (UE), assim como foi banido do mercado norte-americado. Acontece que, usando o mesmo argumento de segurança em suas redes, o bloco considera proibir obrigatoriamente que os estados-membros usem equipamentos da empresa em suas redes 5G, incluindo a chinesa Huawei Technologies Co Ltd.

A restrição também seria adotada para outras empresas que possam representar um “risco à segurança”. De acordo com fontes ao Financial Times, a medida vem como uma resposta de Bruxelas a alguns governos europeus que estão adiantando a determinação dada em 2020 para a remoção de equipamentos chineses das suas redes 5G.

Em 2020, a União Europeia disse que os estados membros podem restringir ou excluir fornecedores 5G de alto risco, como a Huawei, de partes essenciais de sua rede de telecomunicações e resistiu à pressão de Washington para proibir totalmente as empresas de telecomunicações chinesas.

Em uma reunião na sexta-feira passada, o comissário de mercado interno da União Europeia, Thierry Breton, informou aos ministros de telecomunicações que apenas um terço dos países do bloco havia implementado proibições da Huawei em áreas críticas.

Como a orientação ficou aquém de uma proibição em 2020, a UE pode introduzir uma proibição obrigatória de empresas consideradas como apresentando um risco à segurança, caso estados membros como a Alemanha continuem adiando, acrescentou o jornal.

Em março, a Alemanha disse à Reuters que considerava a proibição de certos componentes das empresas chinesas Huawei e ZTE (000063.SZ) em sua rede de telecomunicações, em um movimento potencialmente significativo para lidar com questões de segurança. “O governo alemão tem considerado banir certos equipamentos 5G de fabricantes chinesas como Huawei e ZTE, mas Berlim tem esbarrado na resistência das operadoras devido ao alto custo da operação”.

A Reuters tentou contato com a União Europeia e com a Huawei, mas nenhuma das duas responderam aos seus questionamentos.

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