21/04/2024

Twitter deixa de aderir código de boas práticas da União Europeia

Rede social de Elon Musk, o Twitter, resolveu deixar o código de boas práticas que UE tem para combater desinformação.

O Twitter decidiu abandonar código de boas práticas da União Europeia (UE) para combater a desinformação na internet, um conjunto de diretrizes globalmente reconhecido que cerca de 30 outras grandes empresas de tecnologia já adotaram.

Twitter

Thierry Breton, comissário europeu responsável pela indústria, compartilhou a notícia em um post nas redes sociais, enfatizando que o Twitter deve cumprir suas obrigações nesse sentido.

“Você pode correr, mas não pode se esconder. Além dos compromissos voluntários, a luta contra a desinformação será uma obrigação legal sob a DSA (Lei de Serviços Digitais) a partir de 25 de agosto. Nossas equipes estarão preparadas para fazer cumprir a lei”, disse Breton em sua conta na própria rede social.

Algumas das principais empresas de tecnologia que atualmente aplicam o código são Meta, Google, TikTok, Microsoft e Twitch. O código foi inicialmente criado em 2018 e recebeu uma atualização em junho do ano passado. 

Seu objetivo é combater a propagação de notícias falsas e desinformação, além de promover a transparência e conter a disseminação de bots e contas falsas. As empresas que aderem ao código têm a liberdade de escolher quais compromissos assumir, como colaborar com plataformas de verificação de fatos, por exemplo. Até o momento, o Twitter não se pronunciou sobre essa notícia.

Desde que Elon Musk assumiu o controle do Twitter, a plataforma tem adotado uma abordagem de moderação mais flexível. Muitos especialistas acreditam que isso tem contribuído para o aumento da propagação de notícias falsas. Anteriormente, o Twitter contava com uma equipe dedicada a combater campanhas de desinformação. 

No entanto, de acordo com ex-funcionários da empresa, a maioria desses especialistas optou por sair da empresa ou foi demitida. Segundo Musk, que assumiu a liderança do Twitter em outubro, agora há “menos disseminação de desinformação e mais transparência”.

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