26/04/2024

Shopee apoia taxas em importações; governo recua na proposta

Uma das principais lojas eletrônicas com atuação no Brasil, a Shopee declarou apoio as intenções do governo federal sobre taxação.

A Shopee apoia o imposto sobre compras internacionais no Brasil, porém o Governo Federal voltou atrás e vai manter a isenção para compras entre pessoas físicas em até US$ 50. A empresa, que pertence ao Grupo Sea, emitiu uma nota para Fernando Haddad, o ministro da Fazenda, dizendo que concorda com a medida antiga. 

Shopee

Gang Ye, diretor global de operações do grupo, comemorou o apoio à produção brasileira local e declarou que essa medida está em consonância com a missão da empresa de impulsionar produtos locais e o empreendedorismo.

Apesar do apoio da Shopee o governo brasileiro voltou atrás 

Nesta terça-feira (18), Haddad informou que o governo não planeja alterar a isenção de encomendas, seguindo o pedido do presidente Lula. Em vez disso, o ministro disse que o governo concentrará seus esforços na melhoria da fiscalização das compras que já estão sujeitas a impostos.

Na carta, a Shopee afirmou que 85% das vendas realizadas na plataforma são entre compradores e vendedores brasileiros, enquanto apenas 15% envolvem produtos importados. 

A empresa está desafiando a percepção de que é exclusivamente uma fornecedora de produtos chineses e planeja reduzir ainda mais a proporção de produtos importados para incentivar o empreendedorismo local.

Pressão popular impulsionou recuo do governo 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo não pretende mais eliminar a isenção fiscal. No entanto, o governo busca alternativas para tributar empresas que burlam as leis fiscais e evitam o pagamento de impostos.

O governo estima que a arrecadação de empresas que sonegam impostos no comércio eletrônico possa chegar a R$ 8 bilhões. Com o objetivo de combater a evasão fiscal e aumentar a arrecadação, o governo pretende aprimorar a fiscalização sobre as compras que já estão sujeitas a impostos.

Devido à impopularidade e pressões políticas contrárias à medida, a equipe econômica do governo deve reconsiderar a proposta inicial.

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