23/04/2024

Meta é alvo de investigação; entenda o que houve

Empresa dona do Instagram, Facebook e WhatsApp, a Meta, está passando por mais um processo de investigação.

A Meta está sendo condenada por agências globais por conta de sua postura de encriptar mensagens. Um grupo das principais agências de aplicação da lei do mundo, incluindo o FBI, a Interpol e a Agência Nacional de Crimes do Reino Unido (NCA), uniu forças para criticar os planos da Meta de implementar criptografia em mensagens diretas no Facebook Messenger e Instagram. Segundo essas agências, a mudança prejudicaria a capacidade de proteger os usuários menores de idade, colocando-os em risco.

investigação

A Força-Tarefa Virtual Global (VGT), que conta com 15 agências de aplicação da lei, é liderada pela NCA e inclui a Europol e a Polícia Federal Australiana entre seus membros. 

O que diz a VGT sobre o caso

A VGT se pronunciou em resposta às escolhas de design feitas pela Meta, alegando que essas decisões podem ter consequências graves.

A aliança de agências de aplicação da lei mais poderosas do mundo criticou a decisão da Meta de criptografar as mensagens diretas em suas plataformas, o que impediria a interceptação das comunicações por pessoas não autorizadas. Segundo a aliança, essa escolha de design é proposital e pode comprometer a segurança dos usuários menores de idade.

Ainda de acordo com a VGT, a criptografia das mensagens diretas é um exemplo claro de como as empresas de tecnologia podem prejudicar a segurança dos usuários em nome da privacidade. Essa decisão pode enfraquecer os sistemas de segurança e tornar mais difícil para as autoridades combaterem crimes online, especialmente aqueles que envolvem crianças.

Meta também é elogiada pela VGT

Apesar de sua crítica à criptografia das mensagens diretas, a Força-Tarefa Virtual Global (VGT) elogiou o trabalho da Meta em colaboração com o Centro Nacional Americano para Crianças Desaparecidas e Exploradas (NCMEC). Essa organização atua como uma espécie de ponto central para denúncias de abuso sexual infantil online.

A aliança de agências de aplicação da lei observou que a empresa de Mark Zuckerberg reportou mais casos desse tipo ao NCMEC do que qualquer outro provedor. No entanto, com a implementação da criptografia de ponta a ponta (E2EE), a Meta temia que sua capacidade de detectar e relatar esses crimes fosse prejudicada.

Apesar desse impasse, a colaboração da Meta com o NCMEC foi considerada uma iniciativa importante para combater o abuso sexual infantil online, um problema crescente em todo o mundo.

Pronunciamento da Meta

Em resposta às críticas da VGT, um porta-voz da Meta afirmou que a maioria dos usuários britânicos já depende de aplicativos que usam criptografia e que a empresa se preocupa em proteger a privacidade e a segurança online de seus usuários. Ele também enfatizou que a criptografia de ponta a ponta é uma medida de segurança importante que impede a leitura de mensagens privadas.

No entanto, a Meta também afirmou que está comprometida em trabalhar com autoridades policiais e especialistas em segurança infantil para garantir que suas plataformas sejam seguras para jovens usuários. A empresa reconhece a importância de proteger crianças e adolescentes de abusos e crimes online, e está tomando medidas para detectar e relatar esses incidentes.

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