01/05/2024

Americanas encerra serviço de vendas por telefone e contratos terceirizados

Embora não confirme o fim das televendas, ao ligar para central, o cliente escuta mensagem gravada informando a descontinuidade do serviço.

A Americanas, por meio de nota, anunciou que interrompeu contratos com fornecedores de serviços terceirizados e encerrou o serviço de vendas por telefone. A decisão da varejista é em meio ao processo de recuperação judicial ao qual se encontra, depois que descobriu inconsistências contábeis em seu caixa no mês passado, da ordem de R$ 20 bilhões.

Quando um cliente tenta contato com a empresa por meio telefônico é recebido por uma mensagem gravada, onde é informado a descontinuidade do serviço. “Prezado cliente, nosso serviço de televendas foi encerrado. Você pode aproveitar as nossas ofertas no nosso aplicativo ou site. Obrigada!”.

Ao ser procurada sobre o assunto, a Americanas confirmou apenas que encerrou os contrato com empresas fornecedoras de serviços terceirizados.

“A Americanas atua nesse momento na condução de seu processo de recuperação judicial, cujo um dos objetivos é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia. O plano de recuperação definirá quais serão as ações da empresa para os próximos meses e será amplamente divulgado assim que for finalizado”, informou a companhia em nota oficial.

A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial, cujo um dos objetivos é garantir a continuidade das atividades da empresa, incluindo o pagamento dos salários e benefícios de seus funcionários em dia, no dia 19 de janeiro e foi aceito no mesmo dia pelo juiz Paulo Assed Estefan, da 4ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro. A empresa está, agora, no chamado “prazo de blindagem”, um período de 180 dias no qual todas as suas dívidas ficam suspensas.

Nesta quarta-feira (1), porém, a empresa informou que está avaliando pedir R$ 1 bilhão em financiamento para manter o caixa e honrar as suas dívidas. No comunicado, divulgado junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a decisão ainda está sendo avaliada pelos acionistas de referência da Americanas.

Na época em que veio à tona o rombo financeiro da varejista, o mercado ficou em alerta e fez com que o então presidente da companhia, Sergio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, deixassem a empresa menos de 10 dias após serem empossados.

Vale lembrar que a Americanas também solicitou à Justiça que impedisse os fornecedores de serviços essenciais, como luz e internet, interrompesse tais serviços, alegando que são fundamentais para o funcionamento da empresa e das lojas.

ViaG1
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