O suspense acabou. O presidente Jair Bolsonaro assinou hoje, 20, a renovação das concessões da Globo (5 emissoras próprias do grupo), Record e Band por mais 15 anos. A nova outorga valerá até 2037. A portaria será publicada no no Diário Oficial de amanhã. Na semana passada, o presidente já havia renovado a concessão do SBT. Agora, o texto seguirá para o Congresso, que também precisa ser aprovado.
De acordo com auxiliares, Jair Bolsonaro não quis deixar a autorização ser uma decisão de Luis Inácio Lula da Silva que irá assumir a presidência do Brasil a partir de 1º de janeiro de 2023.
Antes mesmo de assumir a presidente, havia uma tensão entre o atual presidente com a emissora, onde Bolsonaro mencionou várias vezes sobre a continuidade da Globo no ar. O auge do caso aconteceu em outubro de 2019, quando durante uma transmissão na internet, Jair levantou a voz contra o conglomerado de mídia.
“Temos uma conversa em 2022. Eu tenho que estar morto até lá, no processo de renovação (da concessão) de vocês. Não vai ser perseguição. Mas o processo tem que estar enxuto, tem que estar legal. Não vai ter jeitinho para vocês nem para ninguém.”
Inclusive, houve boatos de que a Globo estaria com dívidas milionárias com a União, cujo argumento seria usado para negar a renovação da concessão. Às vésperas do 1º turno das eleições 2022, a emissora protocolou no Ministério das Comunicações o pedido para renovação da licença por mais 15 anos.
De acordo com o portal Terra, os técnicos da pasta procuraram possíveis situações fiscal, econômica e trabalhista que poderia depor contra a Globo, mas nada foi encontrado a ponto de impedir a renovação. Dessa forma, sem nada contra o grupo, Jair Bolsonaro ainda tentou adiar ao máximo, mas acabou assinando o decreto.
A assinatura da concessão pode trazer muita insatisfação para os leitores do presidente, especialmente para aqueles que nomeiam a emissora como “Globolixo”.
