02/05/2024

TIM pretende desligar 4,7 mil torres de transmissão da Oi

Segundo a operadora, essas infraestruturas estão localizadas próximas às áreas onde os sites da empresa estão instalados.

Nesta terça-feira (08), a TIM informou que irá desligar cerca de 4.7 mil torres de transmissão que foram recebidas da compra dos serviços de telefonia móvel da Oi. De acordo com a operadora, o desligamento desses sites ocorrerá porque se encontram em área de sobreposição, ou seja, estão localizadas em locais próximos onde as torres de transmissão da TIM estão instaladas.

Por isso, essas torres de transmissão da Oi acabam se tornando obsoletas. Os equipamentos que estão acoplados nessas torres passarão por uma análise e poderão ser reaproveitados nas linhas de transmissão da TIM. Outras 2.500 torres da Oi serão mantidas.

Em abril deste ano, a operadora já tinha comunicado que planejava desativar até 60% das 7,2 mil torres recebidas da compra da Oi. “Vamos desativar as torres por duas razões. Primeiro, porque teremos mais espectro, o que em geral exige menos torres para o mesmo nível de serviço. E segundo, na comparação das torres da Oi com o atual footprint da TIM, há uma sobreposição. No fim do dia, não precisamos de 60% delas“, afirmou o CEO da operadora, Alberto Griselli, durante conferência sobre a transação.

Ao divulgar seus resultados financeiros, a operadora também informou que pretende desativar os clientes inativos que recebeu da Oi Móvel, uma vez que não trará receitas para a TIM, sendo que a maior parte desses usuários são adeptos dos planos pré-pago e controle, segundo a empresa. Os cortes devem seguir os critérios estabelecidos pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).

A desativação das torres e dos clientes inativos da Oi foi confirmada pelo presidente da operadora, durante conferência de divulgação dos resultados financeiros. Ele explicou que no caso das Torres, a expectativa é de “descomissionar” 4,7 mil sites até 2024, sendo que esse ano 400 serão desativados, com a previsão de um total de 3 mil até o final de 2023.

Esse número será impactado no cumprimento do remédio imposto pelo Cade para a aquisição da Oi Móvel, que obriga a operadora a colocar pelo menos 50% das torres em oferta ao mercado. A TIM iniciou esta oferta em abril, mas o prazo de seis meses foi estendido em mais dois e deverá terminar apenas no final deste ano.

“Eliminar o custo é uma grande oportunidade de aumentar a rentabilidade e a geração de caixa da empresa. Então esse é o plano, tirando uma linha de custo com afterlease que impacta de forma substancial o fluxo de caixa livre”, declara Alberto Griselli.

Vale lembrar que segundo o CTIO da TIM, Leonardo Capdeville, há um player interessado na oferta do ativo como equipamento, alegadamente para um mercado de segunda mão desse hardware. “A princípio ele tem interesse, estamos fazendo tratativa de contratuais para ver se tem ou não o ‘punch’ para isso“, destacou o executivo.

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