30/04/2024

Brasil é o país da América Latina que mais sofre com ataques cibernéticos

Dados são da empresa de segurança Kaspersky, que registrou o bloqueio de 2.366 ataques de malware e 110 mensagens fraudulentas por minuto.

De acordo com um relatório da empresa de segurança Kaspersky, o Brasil é o país da América Latina que mais é alvo de ataques cibernéticos. Segundo a companhia, o país foi alvo de mais de 1,5 mil ataques, sendo que este ano foram bloqueados 2.366 ataques de malware e 110 mensagens fraudulentas por minuto no continente latino.

Segundo a Kaspersky, o Brasil é o que mais sofre com ataques de malware, com 1.554 tentativas por minuto ou 65% de todos os bloqueios na região. Em seguida, vem o (298 tentativas), Peru (123 tentativas), Colômbia (84 tentativas), Equador (84 tentativas), Argentina (30 tentativas) e Chile (28 tentativas), sendo que entre as principais ameaças, a pirataria é a grande preocupação, seguida pelos adware (que mostram propaganda indesejada).

Fabio Assolini, diretor da Equipe de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina, explica que “Infelizmente, verificamos o aumento da pirataria como um dos principais vetores de infecção. Apesar de entender que esse movimento é um reflexo da crise econômica que afeta as pessoas e as empresas, temos que alertar que a economia com licença de programas não justifica o risco de ser vítima de outros golpes, como ransomware ou roubo de dados financeiros”.

O diretor conta que as ameaças online latinas estão mirando mais os equipamentos móveis do que os computadores. Nos últimos 12 meses, foram registradas 6.394 tentativas de ataque por dia contra dispositivos com o sistema Android na região. A maior ameaça no continente é o phishing, que envia mensagens por e-mail, SMS e por redes sociais.

O relatório aponta que nos oito primeiros meses deste ano, 38 milhões de acessos a links fraudulentos foram bloqueados, representando 75% das tentativas de ataques de phishing em 2021, quando se registrou um total de 52 milhões. Novamente, o Brasil é o principal alvo, seguido pelo Equador, Peru, Colômbia, Chile, Panamá, Guatemala, Paraguai e México.

“Analisando os dados dos oito primeiros meses de 2022 contra os oito primeiros meses de 2021, verificamos que houve uma explosão nos ataques de phishing em toda a região. A Guatemala um é dos países com maior crescimento dessa ameaça (188%) e ela é seguida por Peru (157%), República Dominicana (129%) e Colômbia (127%). O Brasil aparece na última posição com 12% de aumento, porém é onde há mais ataques desse tipo”, ressalta Fabio.

O estudo aponta também que a América Latina passou a chamar mais a atenção de golpes financeiros. “Enquanto a tendência mundial é de queda desses ataques, na região houve um aumento quando comparamos os 127 mil bloqueios registrados em janeiro de 2021 contra os 174 mil de agosto de 2022. Na média, 5.216 tentativas de infecção de trojans bancários foram impedidos por dia”, detalha o diretor.

O relatório também aponta que os principais interesses desses ataques cibernéticos são para roubar credenciais de internet/mobile banking (27%), roubar credenciais de redes sociais (22%), roubar credenciais de serviços online (18%), como streaming e loja online, roubo de senha por meio de serviço financeiros (9%) e roubar dados de pagamentos (7%), como cartão de crédito.

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