29/04/2024

Highline recebe aval do Cade para comprar Torres da Algar e Vogel Telecom

Após análise, órgão antitruste concluiu que não há concentração de mercado com a operação e não acarretará prejuízo ao ambiente concorrencial.

Em mais um negócio, a Highline recebeu sinal verde do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para adquirir um lote de 79 torres da Algar Telecom e da sua controlada Voge. A aprovação, sem restrição, foi publicada nesta segunda-feira,03, no Diário Oficial da União (DOU). O valor da operação não foi divulgado.

A Superintendência-Geral do Cade foi notificada sobre o negócio em setembro e teve como representante compradora a NK 108, subsidiária da Highline. Ao analisar o caso, mesmo com a adição, os ativos detidos pelo grupo Digital colony, dona da Highline, não ultrapassam o market share dos 10% do mercado, situando-se assim abaixo de 20%, não acarretando prejuízo ao ambiente concorrencial.

“Considerando que a estimativa de market share conjunto das requerentes no mercado horizontalmente sobreposto situa-se abaixo de 20%, conclui-se que a operação não possui o condão de acarretar prejuízos ao ambiente concorrencial”, entendeu o Cade.

O órgão antitruste concordou com a aprovação do negócio, tratando-o como procedimento sumário. Dessa forma, não será necessário passar pelo tribunal do Cade.

Para justificar a realização da operação, a Algar Telecom disse que a venda “viabilizará e possibilitará a realocação de recursos e a concentração de esforços em outros projetos estratégicos de seu interesse”.

Esse não é o primeiro negócio entre as empresas, uma vez que em 2015, a Algar concluiu trâmite para ceder 125 torres à Highline. O acordo deu à empresa de provedora independente de infraestrutura ativa para telecomunicação o direito de exploração das torres por dez anos.

A Highline também está envolvida em outro grande negócio: a compra das torres fixas da Oi, onde deverá desembolsar pouco mais de R$ 1 bilhão. No entanto, ainda aguarda a aprovação do Cade e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Vale lembrar que a Oi ainda está em processo de recuperação judicial, e o negócio foi homologado pela Justiça.

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