01/05/2024

Anatel e PF fecham rádio clandestina evangélica no Rio de Janeiro

Rádio não tinha licença para funcionamento, estava ligada a uma igreja e ficava em região comandada por milícias.

A Anatel, Agência Nacional de Telecomunicações, junto com a Polícia Federal, realizaram na manhã desta segunda-feira, 29, uma operação para cortar o sinal de transmissão de uma rádio clandestina. A ação aconteceu na Zona Oeste do Rio de Janeiro

Fotos da rádio clandestina no Rio de Janeiro
Foto; Reprodução

Durante a operação, os agentes conduziram um pastor para a sede da Polícia Federal para prestar esclarecimentos. O nome do pastor não foi revelado. 

Segundo o G1, a antena funciona em uma região dominada por milícias. Localizado na Zona Oeste da cidade, as instalações clandestinas ficam no bairro de Cosmos. 

A utilização da rádio era feita por uma igreja evangélica, chamada de Assembleia de Deus – Ministério Terra Unida. Segundo as investigações, estima-se que o local de comunicação funciona há mais de quatro anos.

Também segundo a investigação, a cobertura de sinal da rádio clandestina estava causando interferência em um raio de cinco quilômetros de distância. 

Sobre as rádios clandestinas 

É considerada clandestina ou pirata toda estação de radiodifusão que não tem autorização de funcionamento e ainda assim continua a existir. 

Segundo a ABERT, Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão, em um intervalo de cinco anos, mais de 6.700 rádios piratas foram fechadas no Brasil e a Anatel afirma que só nas favelas do Rio de Janeiro, há cerca de mil emissoras dentro desse contexto ilegal. 

A ABERT explica também que as rádios clandestinas poluem o espectro e atrapalham a qualidade das rádios que são legais. É muito comum que a poluição de ruídos causada pelas rádios piratas atrapalhem a aviação, porém é um problema que atinge também a motoristas de táxi e polícia, por exemplo. 

Desenvolver trabalhos clandestinos de telecomunicação é crime previsto na Lei 9.472/97, artigo 183. A pena é de detenção de dois a quatro anos, mas pode ser aumentada se houver algum dano a outras pessoas. Fora isso é passível de multa.

ViaG1

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