20/04/2024

China Unicom é banida dos Estados Unidos

Assim como aconteceu com a China Telecom, a companhia terá que finalizar as suas operações no país norte-americano; saiba por que.

Parece que os Estados Unidos estão decididos a apertar os negócios relacionados ao governo chinês. Dessa vez, a Comissão Federal de Comunicação (FCC) dos Estados Unidos revogou a autorização da China Unicom Américas para atuar no setor de telecomunicações no país. Com isso, a empresa terá 60 dias para retirar suas operações dos EUA, contando a partir da emissão da ordem, que foi na quinta-feira (27).

Em março de 2021, a subsidiária da estatal chinesa foi convocada pelo FCC para prestar informações, mas segundo o órgão, a China Unicom não foi capaz de dissipar suas preocupações. “A Comissão considera que a ação protege as infraestruturas de telecomunicações do país contra possíveis ameaças de segurança”, diz a nota da FCC.

Assim como aconteceu com a China Telecom, que foi expulsa do país norte-americano em 2021, a China Unicom estaria sob o controle e influência do jovem chinês, segundo a FCC. Dessa forma, o órgão considerou ser bastante provável que a estatal “seja forçada a cumprir com os pedidos do governo chinês sem procedimentos legais suficientes para supervisão judicial independente”.

Segundo o órgão dos Estado Unidos, tais companhias permitiriam que o governo chinês espionasse os país por meio do acesso, interrupção e/ou roteamento das comunicações estadunidenses. Ainda segundo a FCC, a representação e condução da empresa na Comissão e no Congresso dos EUA demonstraram “uma falta de franqueza e confiabilidade”.

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China Telecom

A China Telecom teve que finalizar as suas operações no país neste mês. Mesmo entrando na justiça contra a ordem da FCC, a empresa teve seu pedido de recurso indeferido, onde a corte justificou que a companhia “não cumpriu os requisitos rigorosos para uma suspensão até revisão do tribunal”. A FCC enviou ao tribunal uma petição em que defendia sua posição inicial publicada no fim de outubro.

A retirada das operações das duas empresas é resultado de uma lei criada pelo ex-presidente Donald Trump, em 2020. O documento determinava que o Comitê para Avaliação da Participação Estrangeira no Setor de Serviços de Telecomunicações dos Estados Unidos tinha a tarefa de avaliar as licenças e aplicativos atuais. O Comitê devia fornecer recomendações à FCC para rejeitar, negar ou aprovar condicionalmente cada solicitação em nome da segurança nacional.

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