27/03/2024

Provedores regionais se unem para impedir compra da Oi Móvel

Concentração de mercado nas ‘mãos’ das gigantes Claro, Vivo e TIM, após a compra da Oi Móvel, entrará em debate na agência.

Imagem simbólica para representar união das operadoras contra venda da Oi Móvel.
Ilustração: Pixabay

No dia 28 de junho, uma reunião extraordinária na Anatel vai discutir os efeitos que a compra da Oi Móvel (pela Claro, TIM e Vivo) terá no mercado brasileiro de telefonia.

A ideia é debater a possível concentração de mercado, já que as três ficarão ainda ‘maiores’ com a posse das redes móveis da operadora carioca. Afinal, o consórcio tem total domínio do mercado se for colocado em parâmetro com os pequenos provedores.

Mas, a iniciativa não partiu da agência e sim das empresas, que se uniram em uma tentativa de defesa contra a jogada ‘agressiva’ das três.

Responsável pela reunião, o CPPP (Comitê de Prestadoras de Pequeno Porte de Serviços de Telecomunicações) havia marcado o encontro para o mês que vem. No entanto, a ‘ebulição’ do debate e a ansiedade dos players motivou uma antecipação.

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No caso das pequenas operadoras, elas não são concorrentes diretas do trio formado por TIM, Claro e Vivo.

Boa parte delas, inclusive, depende das gigantes para utilizar as infraestruturas e oferecer telefonia móvel por suas MVNO’s. Então, por qual motivo as PPP’s começaram a jogar contra o consórcio?

O temor aqui é que as ofertas fiquem mais restritas e os preços no atacado para operadoras virtuais fique ainda mais elevado.

Mas, a fibra óptica não fica de fora, visto que as três operadoras também firmaram um acordo para contratar as redes da InfraCo, empresa de infraestrutura da Oi.

Essa iniciativa já representa uma jogada contra os pequenos provedores, que juntos dominam o mercado atual de banda larga com o fornecimento de internet fixa para cidades de interior.

Quem confirmou a realização da reunião extraordinária foi Emmanoel Campelo, conselheiro da Anatel e presidente do CPPP.

Nesse caso, ele destaca o papel da agência será ouvir os pequenos provedores. Afinal, os movimentos atuais buscam incentivar o crescimento dos regionais. Qualquer iniciativa que atrapalhe esse caminho não será bem vista.

Com informações de Estadão

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