23/04/2024

Prejuízo da Oi cresce 330% em relação a 2018

Valorização do dólar impactou diretamente nos novos resultados da operadora referentes ao terceiro trimestre do ano.

Divulgação Oi
Imagem: Divulgação Oi

A manhã desta segunda-feira, 02, começou com a tão aguardada divulgação de resultados da Oi (OIBR3 / OIBR4). Nos números, chama atenção o aumento do prejuízo líquido, atribuído aos acionistas e controladores, de R$ 5,747 bilhões.

No comparativo com 2018, é um crescimento de 330% na dívida. A empresa destaca que os números consideram a adoção da norma contábil IFRS 16, que obriga o reconhecimento de ativos e passivos dos contratos de arrendamento nas divulgações.

Queda na receita, valorização do dólar e a baixa contábil de ativos foram fatores que afetaram os resultados da operadora.

A receita do mercado brasileiro, por exemplo, teve uma queda de 8,8%, atingiu o valor de R$ 4,95 bilhões e foi afetada pela diminuição no tráfego de voz. Já as operações internacionais reduziram em 8,5% e foram para R$ 46 milhões.

O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), apesar da redução de 32,9%, para 979 milhões, ficou dentro da meta prevista pela Oi, entre R$ 4,5 bilhões e R$ 5 bilhões. A definição “de rotina” não considera perdas e ganhos não recorrentes e pouco previsíveis.

No faturamento, a empresa caiu nos negócios móveis, fixos e corporativos. A receita líquida ficou em R$ 5,001 bilhões no terceiro trimestre de 2019, caiu 8,8%.

Um ganho de R$ 531 milhões com créditos fiscais relacionados a PIS e Cofins compensou parte da baixa contábil de ativos realizadas pela Oi, no valor de R$ 3,342 bilhões. Mas a iniciativa, inevitavelmente, teve efeito na performance trimestral da companhia.

O resultado líquido, obtido pela subtração de impostos e taxas pagas sobre o lucro bruto, ficou em R$ 2,376 bilhões. No comparativo anual, diminuição de 73% fortemente impactada pela alta do dólar.

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Os negócios da operadora

Na receita do pós-pago, a Oi cresceu. De janeiro a agosto, foram 1,1 milhão de clientes líquidos no segmento. A migração obteve sucesso e a empresa comemora a segunda maior fatia de mercado em adições líquidas no terceiro trimestre.

Com a fibra ótica, de julho a setembro, foram 408 mil clientes conectados e um aumento de 72% na comparação com o segundo semestre do ano. A fibra e o pós-pago crescem de maneira veloz e contribuem para compensar a queda nos serviços de cobre (telefonia fixa e banda larga).

O fixo segue em queda, com redução de 12,8% no comparativo anual e 3,7% em relação ao trimestre anterior.

Contra a banda larga da operadora, há o forte crescimento dos provedores regionais nas pequenas cidades. A maior parte da base ainda é formada por acessos via VDSL e ADSL, mas a companhia segue com a diminuição das vendas em cobre para focar na expansão da fibra.

Os investimentos na nova tecnologia estão acelerados e 3,6 milhões de residências já foram passadas com a tecnologia.

A outra queda surgiu na TV paga da Oi, que diminuiu 3,6% no comparativo anual e 3% em relação ao segundo semestre do ano. Entretanto, a fibra também pode compensar as perdas com o serviço de IPTV oferecido.

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