23/03/2024

Mais Detalhes: Audiência pública debate má prestação de serviços de telefonia no Recife

Cobranças indevidas, municípios não atendidos pelas operadoras de
telefonia celular, orelhões cada vez mais escassos. Esses foram alguns
dos temas levados à tona durante a audiência pública promovida hoje à
tarde, no Recife, pela Câmara dos Deputados e entidades de defesa do
consumidor. Cerca de 50 pessoas participaram do encontro, realizado em
protesto à má prestação de serviços no ramo de telefonia.

O
evento, ocorrido no auditório do Banco Central, no bairro de Santo
Amaro, contou com representantes da Agência Nacional de Telecomunicações
(Anatel) e das operadoras TIM, Oi, Claro e Vivo, além do Procon
Pernambuco e outros órgãos de defesa do consumidor.

“As
operadoras não podem continuar vendendo um serviço supostamente de
qualidade e entregando outro totalmente deficiente. As empresas são
responsáveis pelo péssimo serviço, mas a omissão da Anatel tem
contribuído para tornar a situação ainda pior”, criticou o deputado
federal Mendonça Filho (DEM), que é relator da Proposta de Fiscalização e
Controle sobre as operadoras de telefonia móvel, telefonia fixa e banda
larga de internet no Brasil. A audiência foi coordenada pelo
parlamentar.

André Gustavo, representante da TIM, além de
ressaltar os investimentos da empresa e de lançar dados que mostram que o
número de reclamações contra a companhia diminuiu nos últimos meses,
reclamou das legislações municipais que impedem a instalação de antenas
de transmissão em alguns lugares – citando os municípios de Olinda,
Petrolina e Paulista como exemplos.

Segundo ele, este seria um
dos motivos que impediriam a empresa de cumprir a meta de alcançar 80%
de cobertura nos municípios onde opera. A justificativa também foi usada
pelo representante da Oi, Frederico Siqueira. Outro argumento usado
pelas operadoras foi a alta carga tributária, que impediria a aplicação
de tarifas mais baratas para o consumidor.

Enquanto as empresas
apresentaram o cumprimento de metas e falaram de investimentos na
melhoria do serviço e da cobertura, dos usuários foi possível ouvir
histórias de desrespeito e descaso, como cobranças indevidas, ausência
de sinal e propaganda enganosa diante do serviço oferecido. Mensagens
não solicitadas, usuários “ciganos” – que migram de uma operadora para
outra em busca de serviços melhores; o descaso com os orelhões e também
críticas à atuação da Anatel, vista como parceira das companhias
telefônicas, marcaram o debate.

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