A Vivo está se movimentando nos bastidores para oferecer uma nova solução de conectividade dentro das residências.
Trata-se da tecnologia Fiber to the Room (FTTR), que promete levar a fibra óptica até cada cômodo da casa, indo além do modelo tradicional em que o sinal chega apenas até o roteador principal.
Um kit compatível com esse tipo de instalação apareceu recentemente no site oficial da operadora, ao custo de R$ 512. O conjunto inclui um equipamento inicial e 60 metros de fibra óptica, mas, por ora, a compra ainda não está liberada para o consumidor.
Procurada, a Vivo confirmou que o produto não está disponível comercialmente neste momento e que segue em fase de desenvolvimento interno.
Como funciona o FTTR?
Hoje, a maioria das instalações residenciais no Brasil adota o padrão conhecido como FTTH (Fiber to the Home), no qual o cabo óptico chega até o modem, tecnicamente chamado de ONU ou ONT e, a partir dali, o sinal é distribuído via Wi-Fi ou cabeamento tradicional.
A proposta do FTTR é mais ambiciosa: estender a fibra até diversos cômodos, entregando conexões mais estáveis e com menor perda de velocidade.
A ideia é especialmente útil em imóveis maiores ou com múltiplos andares, onde o sinal sem fio encontra mais barreiras. Além disso, a fibra ultrafina usada no sistema FTTR pode ser instalada de forma discreta, passando por rodapés ou estruturas já existentes, sem a necessidade de grandes reformas ou cabos aparentes.
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Presença internacional e concorrência no Brasil
A tecnologia já vem sendo adotada em países da Europa, como Espanha, onde a matriz do Grupo Telefónica, ao qual pertence a Vivo, oferece o FTTR sob a marca Movistar.
Por lá, o serviço é vendido em formato de assinatura mensal, com equipamentos desenvolvidos pela fabricante Askey, subsidiária da Asus.
No Brasil, a Vivo ainda não confirma datas para lançamento comercial. No entanto, a movimentação nos canais oficiais indica que o projeto está avançando.
Equipamentos compatíveis com a proposta já foram homologados pela Anatel e podem ser integrados à operação a qualquer momento.
Outras operadoras nacionais já apostam no modelo FTTR. A Nio, marca que substituiu a Oi Fibra, foi uma das primeiras a oferecer o serviço, utilizando dispositivos da Huawei.
A Vero, que incorporou a Americanet, também trabalha com a tecnologia, por meio de parcerias com fabricantes como a ZTE.
Expectativa do mercado
A chegada do FTTR representa mais um passo na disputa por diferenciação entre as operadoras de banda larga. Em um cenário de alta concorrência e exigência crescente por estabilidade na conexão doméstica, soluções como essa ganham força.
Ainda não se sabe qual será a estratégia comercial da Vivo: se haverá cobrança recorrente, como ocorre na Europa, ou se o modelo será por venda direta do kit.
A operadora, no entanto, afirmou que segue investindo em novas soluções e alternativas para melhorar a experiência do cliente.
Por ora, resta aguardar os próximos capítulos e o possível início das vendas do produto no mercado brasileiro.