08/05/2024

Telebras busca alternativas para ampliar cobertura satelital no Norte e Nordeste

Em consulta pública, a estatal estuda soluções para resolver o problema do esgotamento da capacidade satelital da companhia.

Nesta terça-feira (07), a Telebras abriu uma consulta pública sobre as possibilidades de ampliação da capacidade satelital nas regiões Norte e Nordeste do país. A empresa estuda ações práticas e sugestões para ocupar a posição orbital 57W, solicitada pela empresa à União Internacional de Telecomunicações (UIT).

Foto: Pablo Le Roy/MCom

A estatal quer avaliar a contratação de capacidade adicional, aluguel ou menos a compra de um ou mais satélites para responder ao limite de capacidade do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), que já tem sete anos de operação.

“A Telebras, ao enfrentar o desafio da saturação do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) nas regiões Norte e Nordeste, evidencia a necessidade crítica de expandir sua cobertura satelital”, diz a consulta da estatal.

Na consulta, a estatal destaca três alternativas entre as diversas alternativas que possam ser viáveis para fornecer acesso à Internet via satélite: contratação de prestação de serviços; contratação de segmento espacial e aquisição de um ou mais satélites.

A primeira seria a contratação de um fornecedor externo para prover integralmente a banda larga satelital, Segundo a companhia, ”esse é o modelo mais simples e que já é praticado pela Telebras, em consonância com as contratações empresariais diretamente relacionadas ao seu objeto social, nos termos da Lei das Estatais“.

No segundo caso, seria alugada a capacidade de um fornecedor, que forneceria o segmento espacial como infraestrutura, e a Telebras seria responsável pela infraestrutura terrestre, incluindo gateways e VSats. O contrato poderia ser por meio de um contrato do tipo IRU (irrevogável direito de uso) – muito comum no mercado de telecomunicações.

A terceira seria a compra de um ou mais satélites, com a operação feita pela estatal ou em cooperação com o fornecedor do satélite. “A Telebras, neste cenário, teria controle total sobre o payload do satélite, fornecendo os serviços de acesso à Internet e gerenciamento e monitoramento através de sua infraestrutura e equipe“, afirma.

Embora essa seja os três cenários mais destacados, a empresa listou outros cenários que também podem ser considerados. Nessas possibilidades estão acordos de compartilhamento de capacidade de um satélite já em órbita, contratações empresariais ou “parcerias associativas” para compartilhamento de riscos, locação de capacidade em satélites internacionais, uso de recursos incentivados para desenvolvimento de infraestrutura, desenvolvimento e lançamento de nanossatélites. Inclusive, investimentos em banda larga terrestre complementar a partir de redes de longo alcance como 4G e 5G.

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