15/04/2024

Novo limite de idade para uso do WhatsApp tem gerado protestos

Entidades que tem preocupações com crianças e adolescentes afirmam que estão em alerta com essa nova atualização do WhatsApp.

A Meta, empresa proprietária do WhatsApp, decidiu diminuir a idade mínima para o uso do aplicativo de 16 para 13 anos no Reino Unido e na União Europeia. Essa decisão causou controvérsia e gerou protestos. A mudança foi anunciada em fevereiro e entrou em vigor na última quarta-feira (10).

O WhatsApp anunciou uma alteração em sua política para ajustar o limite de idade ao padrão adotado pela maioria dos países, como o Brasil e os Estados Unidos. Essa mudança visa assegurar que a idade mínima para utilizar o aplicativo esteja alinhada com as regulamentações locais e com as normas de proteção à infância.

A empresa afirmou que implementou medidas adicionais para proteger os usuários mais jovens e garantir sua segurança enquanto utilizam a plataforma.

Apesar disso, a decisão enfrentou críticas de várias organizações, que destacaram os potenciais impactos negativos da exposição precoce às redes sociais. Essas críticas ressaltam os danos à saúde mental das crianças, apontando para evidências de estudos que demonstram os riscos associados a esse tipo de exposição durante a infância. As preocupações se concentram nos possíveis efeitos adversos no desenvolvimento emocional e psicológico dos jovens usuários.

O movimento chamado “Smartphone Free Childhood”, por exemplo, declarou que a decisão vai contra a crescente necessidade nacional de adotar tecnologias mais robustas para proteger as crianças. Eles também criticaram fortemente as empresas de tecnologia por priorizarem os lucros dos acionistas em detrimento do bem-estar das crianças.

Até o momento, a Comissão Europeia, que é o órgão executivo da União Europeia, não emitiu nenhum comunicado oficial sobre o assunto. Essas informações foram relatadas pela CNN.

A empresa Meta enfrentou críticas por tentar reduzir as restrições de idade em suas plataformas nos EUA. No ano passado, anunciaram planos para diminuir a idade mínima em seu aplicativo de realidade virtual de 13 para 10 anos, apesar da oposição de legisladores.

O CEO, Mark Zuckerberg, foi criticado por suas declarações e ações contrárias a iniciativas de bem-estar para adolescentes no Facebook e Instagram. Comunicações internas revelaram que ele discordou de executivos que buscavam mais proteções para os adolescentes, em meio a um processo judicial contra a empresa.

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