A Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI), um fundo de investimento do governo espanhol, aumentou sua participação na Telefónica para 6%, visando atingir 10% do capital conforme decisão do Conselho de Ministros.
A operação foi comunicada à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNMV), órgão regulador espanhol equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Brasil. A Telefónica é uma multinacional espanhola que detém a marca Vivo no Brasil.
A SEPI reiterou em comunicado ao mercado que seu investimento na Telefónica é de longo prazo, com o objetivo de garantir uma maior estabilidade acionária para a operadora. Esta afirmação enfatiza o compromisso da SEPI em manter sua participação na empresa por um período prolongado, evitando movimentos especulativos de curto prazo.
A Telefónica, que já foi uma empresa estatal, é considerada pelo Estado espanhol como uma entidade estratégica, devido ao seu papel crucial no setor de telecomunicações. O governo afirma que as atividades da empresa têm impacto nos interesses fundamentais relacionados à defesa e à segurança nacional, destacando assim a importância estratégica da Telefónica para o país.
O governo espanhol está planejando aumentar sua participação na Telefónica para até 10% do capital social da empresa, ultrapassando a participação do Grupo STC, uma operadora saudita que se tornou o maior acionista da empresa espanhola no ano passado, detendo 9,9% das ações.
Desde março, a Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI) vem adquirindo participação na Telefónica, começando com 3% das ações. Recentemente, há cerca de dez dias, aumentou sua participação para 5% do capital social. Além do governo, outras organizações espanholas, como a CriteriaCaixa, também têm investido na operadora.
A Telefónica anunciou esta semana que agora possui 96,85% das ações de sua subsidiária na Alemanha, após uma oferta pública de exclusão de negociação. Isso incluiu todas as ações sem valor nominal da Telefónica Alemanha que não eram propriedade direta da empresa.
No início deste ano, a matriz aumentou sua participação na subsidiária alemã para 93,1%, visando alcançar controle total conforme o plano de 2023. A Telefónica justificou essa operação como parte de sua estratégia de focar nos principais mercados, incluindo Espanha, Brasil, Alemanha e Reino Unido.
