22/04/2024

Rússia multa Google por informações ‘falsas’ sobre guerra na Ucrânia

De acordo com a agência de notícias Reuters, o país russo tem concentrado suas forças em combater especificamente conteúdos do YouTube.

Nesta quarta-feira (20), o Google, da Alphabet, foi multada por um tribunal da Rússia em 4,6 bilhões de rublos (50,84 milhões de dólares) por nao ter excluído supostas informações “falsas” sobre o conflito na Ucrânia e outros tópicos, segundo relatos da agência de notícias Tass.

O valor da multa foi calculado como uma parcela do faturamento anual do buscador no país russo. A empresa recebeu penalidades semelhantes com base no volume de negócios de 7,2 bilhões de rublos no final de 2021 e 21,1 bilhões de rublos em agosto de 2022. O Google não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

A Rússia tem se desentendido com empresas estrangeiras de tecnologia por causa de conteúdo, censura, dados e representação local em uma disputa latente que se intensificou depois que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022.

A agência de notícias RIA disse que a multa também foi imposta porque a big tech não conseguiu remover “conteúdo extremista” e pela distribuição do que a Rússia chama de “propaganda LGBT”.

A Rússia chama o conflito na Ucrânia de “operação militar especial”. O Supremo Tribunal da Rússia decidiu em Novembro que os activistas LGBT deveriam ser designados como “extremistas”, numa medida que os representantes das pessoas gays e transexuais temem que possa levar a detenções e processos judiciais.

De acordo com a agência de notícias Reuters, o Estado Russo tem concentrado suas forças em combater os conteúdos do YouTube, mas tem agido de forma ponderada com outras plataformas, como o X (antigo Twitter) e das plataformas da Meta, Facebook e Instagram, que não tiveram conteúdos bloqueados.

Em relação ao conflito da Rússia com o Google não é uma novidade. Inclusive, em novembro deste ano, a empresa foi multada pela Justiça russa em 15 milhões de rublos, após repetidas recusas da big tech em armazenar dados de usuários russos em servidores dentro do país. O valor corresponde a US$ 164 mil, pouco mais de R$ 800 mil.

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