27/04/2024

Mais de uma assinatura de streaming: vale a pena? Confira dicas de especialista

Com tantas plataformas hoje em dia fica díficil saber se vale a pena ter mais de uma assinatura de streaming.

Assinar mais de uma plataforma de streaming vale a pena ou é um exagero que precede a perda de dinheiro? Com o “estouro” dessa modalidade de serviço, fica até difícil escolher uma companhia de entretenimento para fidelizar. Entre as mais populares é possível citar pelo menos seis: Netflix, Prime Vídeo, HBO Max, Disney+, Star+, AppleTV. Além dessas a outras inúmeras que aos poucos estão caindo nas graças do povo brasileiro, sem contar com as conterrâneas como Globoplay.

Streamings

Recentemente o planejador financeiro pessoal, Joel Rodrigues, falou sobre o assunto. O especialista deu seu parecer ao site da revista Época Negócios. Ele explicou se é ou não vantajoso assinar mais de uma plataforma de streaming do ponto de vista financeiro.

Direto ao ponto: vale a pena ser cliente de vários streamings?

Sim, porém depende. Joel Rodrigues afirma que a escolha de quantas assinaturas adquirir não é apenas uma decisão simples, mas sim um processo que envolve considerações pessoais, preferências individuais e a situação financeira de cada pessoa. Um fator significativo a ser ponderado é a crescente disponibilidade de uma ampla gama de serviços, o que levanta questões importantes: em que momento as assinaturas de streaming deixam de ser simples fontes de entretenimento e começam a representar um impacto financeiro negativo em suas finanças?

Para abordar essa questão, é crucial analisar a relação entre escolhas de assinaturas e o planejamento financeiro. É preciso questionar se a decisão de possuir mais de uma assinatura é sensata ou se pode ser considerada excessiva. Isso implica em uma reflexão sobre como cada assinatura contribui para satisfação pessoal, se realmente aproveita todos os serviços oferecidos e se a despesa associada a essas assinaturas está alinhada com prioridades financeiras.

Ao avaliar a relação custo-benefício, é possível determinar se as assinaturas adicionais estão agregando valor  ou se estão se tornando um fardo financeiro desnecessário. É fundamental considerar não apenas o custo mensal individual de cada assinatura, mas também somar esses custos e compará-los com nosso orçamento total. Dessa forma, é possível tomar decisões informadas sobre a quantidade de assinaturas que se pode razoavelmente manter sem comprometer a estabilidade financeira.

Portanto, a decisão sobre quantas assinaturas adquirir vai além de simples preferências pessoais, exigindo uma análise cuidadosa de prioridades financeiras e a avaliação do valor real que cada serviço acrescenta à nossa vida.

Saber o quanto você vai usufruir desses serviços pode ser o ponto chave

A equipe do Minha Operadora conversou com o jornalista Flávio Mello, que possui mais de uma assinatura em streamings, porém ele afirma que não vale a pena se tornar cliente de forma compulsiva se não for possível aproveitar aquilo que aquelas plataformas oferecem. Já do ponto de vista financeiro, ele diz que esse é um tipo de gasto fixo com lazer e dá a dica de que vale a pena focar em promoções. 

“Eu já incluí nas minhas contas os custos dessas plataformas. Claro que é muito difícil ser muito assíduo em todas e no ritmo da vida da gente que tem muitas vezes não assisto tudo que gostaria. Levando em consideração que muitas vezes temos gastos mensais com coisas mais ‘supérfluas’ não vejo problema em assinar um streaming.”

Sobre a questão de aproveitar promoções, o jornalista explica que é válido procurar por ofertas, pois nem sempre os “preços cheios” dos streamings compensam.

“É sempre interessante aproveitar as condições promocionais, o custo-benefício não é tão bom quando a gente considera o preço cheio da mensalidade dessas plataformas.”

Por fim, ele ainda comenta que esse tipo de consumo praticamente substituiu a TV, dentro da rotina dele. 

“Realmente meu lazer com TV é estritamente via streaming. Até porque o que me prendia a TV por assinatura era ainda ter o canal de esportes ali, hoje, com o Star+ por exemplo, que passa a maioria dos jogos que me interessa, quase que não assisto. E na TV aberta vejo coisas pontuais.”

Organização financeira e aproveitar os “degustes” ajudam 

No artigo de Joel Rodrigues, ele indica priorizar a organização financeira e a criação de metas realista. Sendo assim, é importante por no papel o que tem e o que ainda quer ter em relação a esse serviço e todos os outros bens de consumo. 

“É essencial avaliar como as assinaturas de streaming se ajustam ao orçamento, visando manter um equilíbrio saudável entre receitas e despesas.”

Outra dica que o especialista dá, que ajuda a evitar gastos desnecessários, é experimentar os períodos de teste gratuitos que as plataformas oferecem. De 7 a 15 dias e algumas com períodos promocionais de 3 meses, sabendo utilizar esses dias de teste grátis é possível avaliar se esse streaming será realmente útil para a sua casa. 

Mas é interessante nessa avaliação a frequência do uso. O catálogo pode ser chamativo, mas vale por na balança o quanto ele será utilizado. Do contrário, certamente será dinheiro mal gasto.

Invista em quantos streamings quiser, mas pense bem

Para Rodrigues é prudente considerar a adoção de mais de uma assinatura de serviços de streaming, contanto que tal decisão faça parte de um planejamento meticuloso, visando proporcionar uma experiência digital enriquecedora. Caso contrário, a subscrição excessiva em várias plataformas pode resultar em diversos problemas, destacando-se, entre eles, o desequilíbrio financeiro.

Nesse contexto, a gestão eficiente dos gastos pessoais e o estabelecimento de um planejamento financeiro sólido emergem como ferramentas poderosas. Essas práticas não apenas viabilizam momentos de lazer por meio das diversas opções de entretenimento oferecidas pelos serviços de streaming, mas também garantem que tais atividades não comprometam a estabilidade financeira do indivíduo.

Ao implementar estratégias de controle financeiro, como a definição de um orçamento específico para despesas de entretenimento, é possível evitar o excesso de assinaturas que, de outra forma, poderiam impactar negativamente o equilíbrio econômico pessoal. Portanto, a moderação na escolha de plataformas de streaming e a conscientização sobre os gastos são fundamentais para desfrutar de uma experiência de lazer digital de forma responsável e sustentável.

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