20/04/2024

Banco Central prevê fim dos apps dos bancos grandes; confira

Novos recursos que devem ser adotados no Brasil fazem o Banco Central imaginar um futuro diferente para os apps que os bancos adotam hoje.

Os aplicativos dos grandes bancos, como Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Itaú, podem estar caminhando para o fim, de acordo com as previsões do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Durante uma palestra em Chicago, ele afirmou que a chegada do Open Finance, um sistema que possibilita o compartilhamento de dados entre diversas instituições financeiras, poderá ser o responsável pelo desaparecimento dos aplicativos tradicionais dessas instituições.

APP Banco

Campos Neto antecipa que sua previsão poderá ser confirmada em um prazo inferior a três anos. Ele sugere que, daqui a dois anos, os aplicativos individuais do Itaú, Bradesco e Santander, por exemplo, poderão não existir mais. Em vez disso, os usuários teriam acesso a um aplicativo consolidado, conhecido como “agregador”, que integraria os serviços de diferentes instituições financeiras.

No sistema de agregação, o Open Finance permite que qualquer indivíduo acesse todas as suas contas bancárias. Além disso, proporciona a capacidade de comparar os serviços oferecidos por diferentes instituições financeiras, incluindo taxas de juros e outros detalhes relevantes. Essa funcionalidade possibilita aos clientes de diversos bancos explorar as melhores ofertas de investimentos, permitindo-lhes escolher a instituição que será responsável pela custódia de seus recursos investidos. Isso, por sua vez, pode levar à redução do uso de aplicativos fornecidos pelos grandes bancos.

Conforme declarado pelo presidente do Banco Central, aproximadamente 50 a 60 milhões de brasileiros já aderiram ao Open Finance, mesmo antes da implementação dos novos recursos mencionados por ele. Esses recursos estão previstos para se tornarem disponíveis a partir do próximo ano.

No ano passado, o Banco Central tomou uma iniciativa para promover a concorrência no setor bancário. Eles implementaram várias medidas para incentivar os clientes a fazerem escolhas mais informadas, inicialmente chamadas de Open Banking. Isso resultou no Brasil terminando o ano com mais de 9 milhões de autorizações ativas para o compartilhamento de informações bancárias, envolvendo 6,3 milhões de clientes diferentes.

Para este ano, as previsões já indicavam que, até fevereiro, haviam sido concedidas 22 milhões de autorizações, envolvendo 15 milhões de clientes únicos. Essas autorizações permitem que as pessoas compartilhem seus dados financeiros de forma mais fácil e segura, promovendo uma maior concorrência e opções para os consumidores.

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