14/04/2024

Maior parte do tráfego de dados em redes de telecom é feita por robôs

Estudo da F5 apontou que 76,6% de todo o tráfego automatizado na rede pertencia às 5 grandes operadoras de telecom que operam nos EUA.

De acordo com levantamento feito pela empresa de segurança cibernética F5, até 76,6% do tráfego das empresas de telecom é formado por apps automatizados, o que inclui “bons” bots, como sistemas de atendimento ou chatbots. O estudo Bots Statistics Report H1 2023 mapeou o quanto o tráfego de empresas de todas as verticais da economia é formado por robôs (bots) e por acessos humanos.

Segundo a empresa, o relatório é 100% baseado em dados reais de organizações reais, usuárias da plataforma de segurança e bloqueio de Bots maliciosos F5 Distributed Cloud e analisa o que se passa no mercado norte-americano.

“O setor de Telecomunicações é o que conta com a maior penetração de tráfego automatizado. Isso inclui Bots “do bem” como ChatBots. Identificar esses diferentes Bots e, quando necessário, bloquear os acessos indevidos é crítico para elevar a experiência dos usuários dessas redes. A visibilidade sobre os Bots contribui, também, para que as operadoras otimizem sua infraestrutura de rede, evitando consumir links com Bots ilegítimos”, ressalta Kleython Kell, Solutions Engineer da F5 Brasil.

Somente em abril, a F5 registrou que 76,6% de todo o tráfego automatizado pertencia às cinco grandes operadoras de Telecom que operam nos EUA. São operadoras que processam entre 2.8 e 188 milhões de transações por mês.

O estudo aponta que as operadoras de telecom estão mergulhadas em um volume gigante de bots, incluindo possíveis agentes maliciosos. “Criminosos digitais com foco no segmento de Telecom encontram, em alguns casos, um ambiente com nível de maturidade menor no que diz respeito a alguns tipos de ameaças avançadas. Como, no Brasil e no mundo, os grandes carriers são poucos, isso diminui o número de alvos para as gangues digitais, fazendo com que algumas se especializem nesta vertical”.

O estudo chama a atenção para a situação de que, pelo fato dos serviços de telecom serem o meio pelo qual os saurios manter contato com as empresas ao qual fazem negócios, muitos processos de autenticação de identidade e credenciamento de usuários/consumidores são realizados no smartphone, por meio de mensagens push, SMS ou Whatsapp.

“Conforme o nível de sucesso do criminoso digital, é possível assumir o controle do smartphone, conquistando direitos de acesso privilegiado a contas bancárias, portais de e-Commerce, sites de E-Gov etc. Quando isso acontece, o segundo fator de autenticação, estabelecido para proteger tanto o usuário como a organização, torna-se uma arma na mão da gangue digital”.

A empresa explica que os bots aprendem a se comportar como se fossem humanos. No estudo, a F5 diz que a tecnologia de IA e ML do F5 Distributed Cloud consegue diferenciar um do outro. “O Bot malicioso aprende cada vez mais a simular o comportamento de um ser humano. Mas a plataforma F5 Distributed Cloud consegue diferenciar claramente um do outro, bloqueando os Bots ilícitos e protegendo a operadora”.

Segundo o estudo, Entretenimento (32,5%), Moda (28,1%), Companhias Aéreas (5,1%) e Serviços de Saúde (1,8%) são as outras vertente que contam com tráfego automatizado (Bots) em seus ambientes são, em relação ao fluxo de dados gerado por smartphones. Através dos acessos via Web/Browser, Serviços de Saúde estão à frente, com 41,5%, seguido de Moda (28,2%), Telecom (26,4%), Hospitalidade (22,4%) e e-Commerce (20,2%).

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