21/04/2024

Vivo e Amazon se juntam a outras empresas para levar conectividade ao campo

Companhias agora fazem parte da ConectarAgro, cujo projeto prevê levar internet para 14,4 milhões de hectares no campo até o final de 2023.

No início deste mês, aconteceu a Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), uma feira internacional de tecnologia agrícola considerada a maior da América Latina. Durante o evento, a ConectarAgro, associação sem fins lucrativos para levar conectividade no campo, ganhou duas adesões de peso de grandes operadoras: Amazon Web Services (AWS) e Vivo.

As duas empresas se juntam a companhias como Bayer, CNHIndustrial, Jacto, AGCO, Solinftec, Trible e Yara, TIM e Nokia, no projeto que prevê levar conectividade para 14,4 milhões de hectares no campo até o final deste ano. Segundo Diego Aguiar, diretor de operações da operadora, em 2022, a Vivo investiu R$ 9,5 bilhões em conectividade, e entrar para o ConectarAgro já está dentro dos investimentos da empresa.

Atualmente, por meio da banda larga 4G, na frequência de 700 MHz, o projeto beneficia 525 cidades em 13 estados no Brasil. A expansão neste ano deve vir da contratação de serviços por cerca de 40 grandes grupos do agronegócio, o que deve beneficiar de forma indireta ainda mais produtores, em geral pequenos e médios com propriedades nas bordas dessas grandes propriedades.

O ConectarAgro impacta 90 mil propriedades rurais que estão cobertas e 1,1 milhão de hectares. Lembrando que o entorno a essas áreas conectadas também acabam se beneficiando, sendo que hoje, 65 unidades básicas de saúde e 221 escolas públicas em áreas rurais são beneficiadas com a conectividade nessas propriedades, sejam elas grandes ou pequenas.

“Tecnologia é inclusão e estamos caminhando nesse sentido”, diz Ana Andrade, presidente da ConectarAgro.

Durante a Agrishow, Ana Andrade anunciou a criação do ICR (Indicador de Conectividade Rural), em parceria com a UFV (Universidade Federal de Viçosa), em Minas Gerais, que levará em consideração outras variáveis do campo, refletindo a importância do meio rural como o uso das tecnologias 2G, 3G, 4G e NB-IoT e o valor da produção agrícola e pecuária.

Não será necessário criar bancos de referência, pois eles já existem, como o VBP (Valor Bruto da Produção), um índice do Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) e da PAM (Produção Agrícola Municipal), um índice em reais levantado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A ConectarAgro já vem fazendo um estudo de impacto em Mato Grosso, com o mapeamento de 100 propriedades rurais sobre o uso de um aplicativo para treinamento de usuários de tecnologias, que deve se estender para todo esse ano e o próximo. Mas, nos próximos oito meses, já se terá uma visão da mensuração desses impactos.

“A ideia, com a metodologia da UFV, é refinar esses estudos”, afirma Andrade.

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