07/11/2024

Resultados 3T22: Oi registra prejuízo, mas serviço de fibra óptica é destaque

Segundo os dados, embora seja o principal serviço da empresa, a fibra desacelerou no número de adições em relação ao período do ano anterior.

Na noite desta quarta-feira (09), a Oi divulgou os resultados financeiros do terceiro trimestre do ano, onde embora tenha registrado um prejuízo líquido de R$ 3,064 bilhões, houve uma redução de 36,3% em relação ao registrado um ano antes, que foi de R$ 4,813 bilhões. Sua receita líquida foi de R$ 2,770 bilhões, semelhante ao trimestre anterior, mas com redução de 38,7% na comparação com o mesmo período de 2021.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de rotina das operações brasileiras totalizou R$ 224 milhões, apresentando redução de 41,7% em relação ao 2T22 e de 84,5% na comparação com o 3T21. A margem EBITDA de rotina das operações brasileiras foi de 8,1%, redução trimestral de 5,9 p.p. e anual de 24,2 p.p.

Segundo a Oi, a redução no EBITDA ocorreram, principalmente, em função do impacto de venda da operação móvel que possuía uma maior margem, além do novo modelo de operação da fibra.

“Este movimento está em linha com o modelo de negócios da Nova Oi e o reposicionamento da marca. Importante ressaltar que a venda parcial da V.tal permite maiores oportunidades para expansão de FTTH, com os impactos positivos na troca de Capex por Opex. Esta nova dinâmica dará margem para a Companhia ser mais eficiente em termos de geração de caixa operacional”, explica.

Já o Capex, no terceiro trimestre do ano, a empresa registrou R$ 480 milhões, sendo as operações brasileiras responsáveis por um investimento de R$ 479 milhões. Os investimentos nas operações da Fibra totalizaram R$ 328 milhões no 3T22.

A Oi terminou setembro com R$ 3,5 bilhões disponíveis em caixa, 13,1% a menos do que um ano atrás.A companhia seguiu ainda em forte prejuízo, com perdas de R$ 3 bilhões, 36,3% mais do que no terceiro trimestre de 2021.

Serviços de Fibra Óptica

O destaque dos resultados vai para o serviço de fibra óptica, onde atingiu a marca de R$ 1 bilhão em receitas geradas, uma alta de 30,8% sobre o terceiro trimestre de 2021 e crescimento de 9,9% no comparativo trimestral. Segundo a Oi, a receita média por usuário foi de R$ 93, alta de 4,8% ano a ano e totalizou 3,8 milhões de casas passadas.

Entretanto, houve uma desaceleração na atração de novos clientes, sendo que no terceiro trimestre de 2021, a Oi adicionou 321 mil assinantes de fibra a sua base, enquanto que no período deste ano foram 146 mil usuários.

De acordo com a Oi, essa desaceleração é decorrente principalmente de ajustes na gestão de aquisição, derivados das condições macroeconômicas e seus impactos no churn involuntário e inadimplência, começou a apresentar uma melhora a partir de maio, com a performance de adições líquidas do trimestre já apresentando estabilidade.

“Os esforços da Companhia para reforçar seus modelos de política de crédito seguiram mostrando resultados, com uma redução da taxa de churn mensal de -0,5 p.p. quando comparada ao 1T22, período em que o indicador atingiu o seu maior patamar histórico. O incremento da base de fibra vem associado a um aumento de ARPU, já que a Companhia vem implementando estratégias para diferenciação de oferta, como o incremento de velocidades – melhor oferta de entrada com 400 mbps de velocidade, a partir de setembro – e venda de novos serviços de valor agregado (ex: Oi Fibra X)”, explica a empresa.

No 3T22, 43,6% dos clientes de Fibra (+10,4 p.p. tri contra tri) já possuíam planos de 400 mbps ou superior. Neste trimestre, o incremento de clientes nesta faixa foi de 445 mil novos clientes. “Esse upselling permite, principalmente, a blindagem e defesa da base, e estimula a venda dos novos serviços”, explica.

ViaOi

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