03/05/2024

Falta de dispositivos causa baixa demanda por internet de 1 Gbps, segundo a Claro

Diretor de banda larga da Claro, Marcelo Sarmento, durante evento, falou sobre a baixa procura por planos de 1 GB dos clientes residenciais.

O diretor de banda larga da Claro, Marcelo Sarmento, falou sobre os negócios da operadora e a preocupação com a baixa demanda dos clientes residenciais na contratação desse serviço durante sua participação no evento Teletime Tec, realizado em São Paulo nesta terça-feira (22). Segundo o executivo, a contratação do plano de internet fixa de 1 Gbps é baixa entre esse público.

Ele explica que há uma série de fatores que estão afetando esse aspecto do segmento, entre eles a falta de dispositivos que suportam as redes WiFi de 1 Gbps. Atualmente, o padrão mais comum no mercado é o WiFi 5, que na melhor das hipóteses é capaz de navegar em velocidades de 866 Mbps, isso sem interferências ou paredes entre o roteador e o dispositivo conectado.

Já o padrão WiFi 6, que também ainda tem pouca penetração no mercado, mas está em expansão, entrega velocidade de 1,3 Gbps também em cenários ideais. No entanto, esse equipamento dificilmente é encontrado em residências. Além de que, os dispositivos como tablets e smartphones, em sua maior parte, ainda são compatíveis apenas com o WiFi 5.

Marcelo Sarmento também comenta se que as empresas estão preparadas para entregar velocidade de internet de 1 Gbps.

“O cliente pode assinar um plano nesta velocidade, mas será que Google, Facebook, já têm portas disponíveis? Não adianta colocar 1 Gbps em casa se o provedor do conteúdo não tiver uma porta de 1 Gbps para transmitir o conteúdo para o cliente. É preciso entregar o 1 Gbps em toda a cadeia”, observou.

Durante sua participação no evento, o executivo também falou sobre a migração dos clientes de banda larga via cabo coaxial para a fibra óptica, que segundo ele, está sendo feita aos poucos, conforme a demanda. “Reduzir a quantidade de clientes atendidos em um hub HFC para menos, para 75, não gera os benefícios de já migrar para o modelo em fibra, cujo sistema reúne 64 portas, é mais eficiente e menos custoso por ser uma tecnologia passiva”, afirmou.

Sarmento não falou se tem previsão para a migração desses clientes ou se é plano da Claro mudar toda sua base para a fibra óptica. Segundo ele, há clientes que estão satisfeitos com o HFC, e que não desejam migrar para a fibra.

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