21/04/2024

Fatia do sócio minoritário da Surf Telecom é colocada à venda

Banco Santander foi contratado para encontrar um novo sócio que irá substituir a Plintron, indiano e sócio minoritário da operadora.

De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a formatadora de MVNOs Surf Telecom contratou o banco Santander para encontrar um comprador para uma fatia da sua sociedade. As informações são que a empresa colocou à venda a fatia da Plintron do Brasil, o indiano e sócio minoritário da operadora, que está em disputa judicial com o grupo Maresias, que detém 40% da empresa, cujo sócio é o CEO Yon Moreira.

Ou seja, o banco deve encontrar um novo sócio para o grupo, que irá substituir a Plintron, atual sócio minoritário da operadora.

O portal Telesintese afirma que entrou em contato com o CEO da companhia, CEO, Yon Moreira, que disse que não pode comentar sobre a operação, mas afirmou, em tom de brincadeira, que “ninguém entra num casamento pensando em se divorciar”.

Ele ressaltou que a operadora Neko, que desistiu recentemente da faixa de espectro de 26 GHz arrematadas no leilão 5G, e a Surf são entidades separadas, embora compartilhem de alguns sócios.

A indiana Plintron, que tem sede em Cingapura, se tornou sócia da operada ao fornecer tecnologia que permitiu a Surf implantar o novo modelo de negócios de ser uma “arranjadora” ou enabler, o termo técnico em inglês, de outras operadoras de celular, as MVNOs.

Embora tenha diferentes enablers no mercado nacional, a Surf é a que mais viabiliza o surgimento de novas operadoras de telefonia celular, contendo em seu portfólio mais de 200, desde os Correios até o Uber.

Assim como já foi mencionado por esse portal, a empresa ganhou a licitação de chip neutro que irá distribuir chip para os alunos de escolas públicas por meio do Programa Internet Brasil. A MVNO Dry Company do Brasil Tecnologia, ligada à Surf Telecom, que ganhou a licitação e ficará responsável por 70% dos acessos.

Em 2020, no início da pandemia do Covid-19, a Plintron deciciu exercer o direito de ficar com o controle da operação, alegando que após se tornar sócia em 2016, o contrato previa a aquisição de mais de 20% da sociedade após um período de tempo, e desejava assumir essa preferência.

No entanto, as divergências cresceram entre os dois sócios. Em julho de 2020, a Plintron decidiu desligar os equipamentos usados pela Surf Telecom. Poucos dias depois, a empresa conseguiu reativar a rede e os serviços oferecidos com parceiros brasileiro, e aí iniciou a disputa nas instâncias regulatórias e na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

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