18/04/2024

Rede 5G será ativada nas capitais brasileiras até julho, afirma presidente da Ericsson

Segundo o CEO para o Cone Sul da América Latina da empresa, a situação atual do mercado e a escassez de componentes não afetarão a nova rede.

Durante entrevista dada a jornalistas nesta sexta-feira (18), o presidente da Ericsson para o Cone Sul, Rodrigo Dienstmann afirmou que embora o cenário macroeconômico esteja instável e apesar da escassez de componentes, o 5G será ativado nas capitais brasileiras até julho, meta determinada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), mesmo o Ministério das Comunicações admitindo que haverá atrasos.

De acordo com o executivo, a Ericsson tem capacidade de entregar os equipamentos da quinta geração de conectividade móvel contratados até, pelo menos, o final do 2º trimestre.

“Estamos com a nossa produção em dia, nossos clientes estão recebendo, os equipamentos estão sendo implantados. Eu estou tranquilo até o 2º trimestre, mas todo dia eu tenho que olhar o nosso relatório de supply [fornecimento] para garantir que não houve escorregos”, declarou.

Em relação a escassez de chips de fontes de potência, Rodrigo Dienstmann afirma que mesmo tendo reflexo no preço, no curto prazo, não irá afetar as entregas de redes 5G, uma vez que a empresa tomou medidas preventivas e ampliou os estoques e está diversificando os fornecedores.

“Nossa providência foi fazer um estoque preventivo para fugir disso. E agora estamos mudando a matriz de fornecedores, diversificando. Nossos fornecedores também, eles estão diversificando suas cadeias, abrindo fábricas em mais países. Até o final do segundo trimestre estamos com produção em dia, com nossos clientes sendo implantados. Mas todo dia tenho que ver o relatório de supply chain”, falou.

De acordo com o presidente, as operadoras móveis tem pressa para ativar a rede e não querem que seus projetos atrasem, além de que a empresa que colocar o 5G no ar garante uma vantagem competitiva no mercado.

O executivo também comenta que o 5G é diferente da tecnologia 4G, pois levará novas fontes de receitas às operadoras, que poderão explorar recursos como fatiamento de rede e fatura com oferta de serviços para redes privadas.

“As operadoras são hoje as principais fornecedoras de redes WiFi para grandes empresas. Com redes privadas elas têm plenas condições de seguir à frente na oferta de aplicações 5G mesmo em espectro não licenciado”, afirmou, lembrando que a faixa de 3,7 a 3,8 GHz é aberta e pode ser explorada para 5G industrial.

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