28/03/2024

TV continuará sendo prioridade da Oi e tele apresenta novidades

Gravação em pen-drive, planos pré-pagos, streaming de vídeo, combo convergente e possível parceria com a Netflix são os principais destaques da Oi TV.

A Oi aproveitou o Congresso ABTA 2015 – realizado pela Associação Brasileira de Televisão por Assinatura – para reforçar que o seu foco para oferecer pacotes convergentes – que unem fixo, móvel, internet banda larga e TV Paga – será na Oi TV.

Durante discurso realizado sob a presença de dezenas de jornalistas e executivos das principais empresas de telecomunicações, os representantes da Oi (Ariel Dascal, Bernardo Winik, Ermindo Netto, Carlos Cidade, da Oi TV; além de Bayard Gontijo, diretor presidente da empresa) apresentaram as próximas novidades que já estão ‘saindo do forno’ para deixar a Oi TV ainda mais competitiva e atraente para o público. Confira abaixo os principais:

Pen VR

Gravar programas e sair por aí com eles para assistir em qualquer dispositivo será possível para clientes da Oi TV. A funcionalidade Pen VR, como é chamada, permite que pen-drives conectados à porta USB do set-top-box da Oi possam gravar a programação, além de adicionar funções inteligentes, como agendamento de gravação, pausa ao vivo e lista de gravações para assistir o episódio daquela série ou o capítulo de uma novela preferida na hora que quiser.

A nova função está prevista para estrear durante o mês de novembro.

Plano de Assinatura Pré-Pago

Segundo Bernardo Winik, a Oi deve aproveitar toda a rede de estabelecimentos credenciados que vendem recargas para seus celulares pré-pagos para também vender créditos para assinantes da Oi TV. Ele afirma ainda que não haverá diferenciação de categorias, sendo a programação pré-paga exatamente igual a do serviço comum – pago por mensalidade – “não vamos mudar nada”.

Apesar de não terem dado mais detalhes sobre a nova forma de pagamento do serviço de televisão fechada da Oi, os representantes da empresa garantem que tudo estará pronto ainda neste ano de 2015.

Oi Play

Sem dúvidas um serviço inovador e extremamente importante na vida das pessoas que, nos dias atuais, estão cada vez mais atarefadas e cheias de compromissos. Para quem não tem mais tempo de passar horas em casa assistindo a programação televisiva, a Oi vai possibilitar que os seus clientes assistam ao conteúdo dos principais canais da sua grade onde quer que eles estejam, através de um computador, tablet ou smartphone com conexão à internet.

Inicialmente, o Oi Play fornecerá acesso a 11 aplicativos, que transmitirão 30 canais diretos, e ao conteúdo do acervo das programadoras: Combate Play, Space Go, TNT Go, Cartoon Go, Fox Play, Sexy Hot Go, Esporte Interativo, ESPN Watch, PFC (Premier Play), Globosat Play e Telecine Play.

Já para outubro, mês que está previsto um upgrade no Oi Play, o serviço vai passar a efetuar uma seleção do conteúdo dos aplicativos das programadoras, incluindo busca por audiência, canal e gênero. É muito provável que o Oi Play ganhe integração com plataformas já em operação na Oi TV, como o Oi Filmes, que utiliza o formato pay-per-view com 12 canais de exibição de filmes recém-lançados; e o Video On Demand, que permite ao usuário alugar um filme para assistir no momento que preferir, já que o conteúdo para a ser exclusivo do assinante, e não apenas exibido em um canal PPV para todos que estiverem assistindo.

Combo Convergente

Funcionários da operadora já estão sendo capacitados na região Centro-Oeste e estado de Minas Gerais para vender a instalação conjunta dos quatro principais serviços de comunicação da Oi (quadruple play), formados basicamente pela TV Por Assinatura, Banda Larga, Telefonia Celular e Fixa.

Um consumidor que possui a TV por assinatura atrelada a internet banda larga, por exemplo, pode obter uma melhor experiência de conteúdo e interatividade no futuro. E é exatamente isso que Daniel Dascal diz que a Oi pretende fazer. De acordo com o executivo, de cada 10 clientes da Oi TV, sete possuem também o Oi Velox. “Essa venda conjunta é muito interessante porque nos permite fidelizar o cliente e nos mostrar como fornecedores de tecnologia”, conclui Dascal.

Todas as regiões do Brasil devem começar a ser atendidas com essa nova modalidade de venda até o final de março de 2016 (primeiro trimestre do ano que vem).

Possível parceria com a Netflix

Durante as palestras apresentadas no evento de televisão por assinatura, muito se falou sobre o serviço de streaming Netflix, que vem conquistando cada vez mais adeptos mundo afora pela sua praticidade de transmitir milhares de conteúdos ao usuário quando e onde ele quiser.

Perguntado se as teles estariam se incomodando com a acensão da Netflix, o presidente do Grupo Telefônica/Vivo/GVT, Amos Genish, apresentou um dado interessante: nos Estados Unidos, 84% da população tem tanto o Netflix quanto a TV Paga. Pelo jeito, um complementa o outro por lá. Bernardo Winik, representante da Oi, concordou com o colega de trabalho, e afirma – “por aqui [no Brasil] não será diferente.”

Até uma possível parceria com empresas que disponibilizam conteúdo por streaming pode ser feita, mas o diretor da Oi foi categórico ao dizer que o mercado só será justo se essas empresas também realizarem investimentos, não dependendo apenas das redes montadas pelas empresas de telefonia para lucrar com seus serviços. Uma regulamentação dos serviços de streaming – assim como é feita com as empresas de TV fechada – é também defendida pelos representantes do setor de telecom.

Sobre a ABTA

A edição 2015 do Congresso foi realizada de 4 à 6 de agosto no Transamérica Expo Center de São Paulo, SP. O evento teve como patrocinadores principais o Grupo Turner, Discovery, Globosat e Oi. A empresa de satélites SES também foi uma das patrocinadoras da feira. O serviço de Wi-Fi oferecido no local ficou sob responsabilidade da NET; e a empresa de transporte aéreo oficial do evento – que transportou os principais convidados – foi a LATAM (formada pela companhia aérea chinesa LAN e a brasileira TAM).

Dentre os tópicos que foram discutidos no Congresso, estão:

  1. O futuro do DTH [transmissão via satélite] e do cabo;
  2. Conteúdo para todos;
  3. Lições das experiências internacionais;
  4. O mercado de TV Paga aos olhos dos ISPs [provedores de internet];
  5. TV não-linear: uma realidade concreta;
  6. Programação 2.0: Para onde vai o mercado;
  7. Projetos diferenciados para publicidade;
  8. Churn [relação de assinaturas ativas e canceladas] e fidelização: desafios de um cenário competitivo;
  9. O papel da TV por Assinatura na construção de marcas e resultados;
  10. Cenários econômicos e crescimento: para onde vai o setor;
  11. A Evolução da TV por Assinatura frente aos novos comportamentos;
  12. A TV Paga, a publicidade e a nova comunicação;
  13. Programando o futuro;
  14. O presente e o Futuro da TV paga;
  15. Conversa com a Anatel;
  16. As políticas setoriais e os desafios atuais;
  17. Desafios presentes às políticas e à regulação do mercado de programação;
  18. Furto de sinais: abordagens e resultados;
  19. Regulação para o desenvolvimento do setor;
  20. Os desafios da regulamentação no mundo não-linear;
  21. Must-carry [canais abertos transmitidos pela TV fechada]: o que muda com a digitalização dos canais abertos.

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