15/12/2025
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Aplicativo pouco conhecido da Samsung pode reforçar a segurança em celulares Galaxy

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Imagem: Shutterstock/reprodução

Entre os recursos menos explorados pelos usuários da Samsung, há um que pode fazer diferença significativa na proteção de informações sensíveis no celular. 

Chamado de Secure Folder (Pasta Segura, em português), o aplicativo está presente em diversos modelos Galaxy e permite criar um ambiente separado, criptografado e invisível ao uso comum do aparelho.

Embora seja nativo do sistema, o recurso ainda passa despercebido por grande parte dos usuários. Quando ativado, ele funciona como uma espécie de cofre digital, em que fotos, documentos e até aplicativos podem ser mantidos longe de olhares curiosos.

Uma camada a mais de privacidade

O funcionamento é simples: ao configurar a Pasta Segura, o sistema cria um espaço isolado dentro do próprio dispositivo, que só pode ser acessado por meio de senha, biometria ou outro método de autenticação. 

Nada do que está ali aparece na galeria tradicional, nem é exibido entre os aplicativos normais do telefone.

Além da proteção, o aplicativo também permite que o usuário oculte completamente o ícone da pasta ou personalize seu nome e aparência, dificultando a identificação por quem não deve ter acesso.

Utilidade prática no cotidiano

Quem busca separar conteúdos pessoais de itens profissionais encontra no recurso uma solução eficaz. É possível transferir imagens, armazenar arquivos e até instalar versões duplicadas de aplicativos como WhatsApp e Instagram, permitindo o uso de múltiplas contas no mesmo dispositivo.

A transferência de dados pode ser feita diretamente pela galeria, explorador de arquivos ou pelo menu interno da própria Pasta Segura. Todo o conteúdo fica restrito ao espaço protegido, sem interferência no restante do sistema.

Ainda melhor que a opção do Android

O Google incorporou recentemente um recurso semelhante no Android 15, chamado Private Space, mas a proposta ainda tem limitações. 

Um exemplo é a impossibilidade de migrar dados protegidos entre dispositivos, algo que o aplicativo da Samsung permite por meio de backups locais.

No caso da Pasta Segura, o conteúdo continua criptografado, mesmo fora do celular, e só pode ser acessado mediante autenticação. A ferramenta, porém, é exclusiva da Samsung e não está disponível em aparelhos de outras marcas.

Um recurso útil que muitos ainda ignoram

Mesmo sendo um recurso consolidado no ecossistema da Samsung, o aplicativo segue como uma solução subutilizada pelos usuários de smartphones Galaxy.

Sem exigir conhecimentos técnicos, sua ativação pode representar um avanço importante na forma como o usuário lida com seus próprios dados.

Num cenário de aumento constante das ameaças digitais, recursos como o Secure Folder ganham relevância, principalmente por estarem disponíveis sem custo adicional e com integração nativa ao sistema da fabricante.

* Com informações de Make Use Of

TV Box pirata: veja dicas para identificar modelos irregulares

Imagem: Shutterstock/reprodução

Com o aumento do uso de dispositivos que oferecem acesso a canais de TV por assinatura e serviços de streaming, muitos consumidores passaram a recorrer às chamadas TV Boxes

No entanto, como bem sabemos, nem todos os aparelhos disponíveis no mercado são regulares. Alguns operam fora das normas da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), configurando pirataria, e estão sujeitos a bloqueios remotos ou apreensão.

Inclusive, recentemente noticiamos algumas medidas de contenção da Anatel e operações que visam justamente minar a expansão de serviços de TV por assinatura pirateados.

Para evitar prejuízos, é fundamental saber como identificar uma TV Box pirata antes de comprar ou continuar utilizando o aparelho. 

A seguir, listamos os principais sinais de alerta recomendados por especialistas e pela própria Anatel.

1. Verifique o selo de homologação da Anatel

Todo equipamento de telecomunicações legalizado no Brasil deve apresentar um selo de homologação da Anatel. Ele geralmente está fixado na parte externa do dispositivo ou em sua embalagem, contendo um número de registro único.

Se o aparelho não tiver esse selo, há grandes chances de ser considerado irregular. Mesmo quando o adesivo está presente, é essencial conferir se o número é autêntico e válido.

2. Consulte o número no portal da Anatel

Não basta apenas checar se a TV Box tem o selo da Anatel: é necessário conferir se o número presente no selo é real. Afinal, criminosos também podem falsificar o selo.

Felizmente, a Anatel disponibiliza um sistema de busca pública onde qualquer pessoa pode consultar se determinado número de homologação é real. 

Basta acessar a página “Certificação de Produtos” no site da agência, digitar o código presente no selo na área “Consultar Produtos Homologados” e verificar se o aparelho realmente consta como autorizado.

A ausência de informações no sistema pode indicar falsificação ou uso indevido de um registro pertencente a outro modelo.

3. Desconfie de promessas de acesso gratuito a canais pagos

Aparelhos que prometem acesso ilimitado e gratuito a canais fechados, serviços de streaming e conteúdos sob demanda devem ser vistos com desconfiança. 

A pirataria de sinal, conhecida popularmente como gatonet, é ilegal e representa um dos principais alvos de operações conduzidas por autoridades brasileiras.

Como o Minha Operadora já noticiou anteriormente, recentemente, ações coordenadas entre Anatel, Polícia Federal e Ministério da Justiça resultaram na derrubada de serviços e plataformas piratas.

4. Prefira marcas conhecidas e com histórico de mercado

Aparelhos fabricados por empresas reconhecidas no setor de tecnologia e telecomunicações têm maior chance de estarem dentro da legalidade. 

Modelos como Amazon Fire TV Stick, Apple TV, Google Chromecast e Intelbras IZY Play constam na lista de produtos homologados pela Anatel.

Já marcas genéricas ou pouco conhecidas, especialmente aquelas vendidas sem manual em português ou sem suporte técnico no país, tendem a ser mais arriscadas.

5. Preço muito abaixo da média pode ser um indicativo

Se o valor do produto for muito inferior ao praticado por lojas confiáveis ou plataformas oficiais, é prudente investigar. 

Embora nem todo preço baixo indique ilegalidade, é comum que dispositivos piratas sejam vendidos com valores atrativos para atrair consumidores desavisados.

Por que isso importa?

Além do risco de perder o aparelho por bloqueio remoto da Anatel, quem utiliza TV Boxes piratas está mais exposto a falhas de segurança, vazamento de dados e até invasões por malware. Isso porque muitos desses dispositivos operam com softwares não certificados e conexões instáveis.

Além disso, a Anatel alerta que usuários de TV Boxes piratas estão “descobertos” pela lei. Ou seja, em caso de problemas, nem adianta procurar o Procon, por exemplo.

Mais do que uma questão técnica, o uso de TV Boxes irregulares representa um problema para todo o ecossistema de telecomunicações: prejudica operadoras, impacta a arrecadação de impostos e financia redes ilegais de distribuição de conteúdo.

A Anatel mantém em seu portal uma lista atualizada de dispositivos de TV Box homologados. Antes de adquirir um aparelho, vale a pena fazer a consulta. O processo é simples, gratuito e pode evitar dores de cabeça no futuro.

OpenAI declara “código vermelho” após Gemini do Google ganhar terreno

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OpenAI vs Google ChatGPT Gemini
Reprodução/Gemini

A OpenAI declarou “código vermelho” nesta semana em resposta ao crescimento acelerado do Gemini do Google, que conquistou 200 milhões de novos usuários em apenas três meses. O CEO Sam Altman enviou um memorando interno na segunda-feira (1º) alertando funcionários sobre a necessidade urgente de aprimorar o ChatGPT, diante da pressão competitiva crescente no mercado de inteligência artificial.

A medida representa uma inversão dramática no cenário da IA. Há três anos, foi o Google quem declarou seu próprio “código vermelho” após o lançamento viral do ChatGPT. Agora, com o lançamento do Gemini 3 em meados de novembro, a gigante de buscas recuperou terreno significativo na disputa tecnológica.

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Projetos adiados para focar no essencial

No memorando reportado pelo Wall Street Journal e The Information, Altman anunciou mudanças drásticas nas prioridades da empresa. Diversas iniciativas planejadas foram colocadas em segundo plano para concentrar esforços na melhoria do ChatGPT. Entre os projetos adiados estão:

  • Publicidade no ChatGPT: A integração de anúncios na plataforma, que seria uma importante fonte de receita, foi suspensa temporariamente.
  • Agentes de IA especializados: Os assistentes virtuais para compras e saúde terão seu desenvolvimento postergado até nova ordem.
  • ChatGPT Pulse: O assistente pessoal que estava em desenvolvimento também foi pausado para liberar recursos.
ChatGPT

O foco agora é melhorar recursos essenciais do chatbot, como maior velocidade e confiabilidade, personalização aprimorada e capacidade de responder a um leque mais amplo de questões. A empresa estabeleceu reuniões diárias com as equipes responsáveis pelo desenvolvimento e incentivou transferências temporárias de funcionários para acelerar o trabalho.

Gemini conquista usuários e reconhecimento

O Gemini cresceu de 450 milhões de usuários ativos mensais em julho para 650 milhões em outubro. Enquanto isso, o ChatGPT mantém mais de 800 milhões de usuários semanais, mas a maioria permanece no plano gratuito. O modelo Nano Banana, gerador de imagens do Google lançado em agosto, tem sido apontado como catalisador desse crescimento.

O Gemini 3 superou concorrentes em diversos benchmarks da indústria e conquistou elogios de executivos influentes. Marc Benioff, CEO da Salesforce, anunciou nas redes sociais que está abandonando o ChatGPT após três anos de uso diário. “Não vou voltar. O salto é insano“, declarou.

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Desafios financeiros aumentam a pressão

A situação é particularmente delicada para a OpenAI porque, diferentemente do Google, a empresa não é lucrativa. A companhia depende de rodadas constantes de captação de recursos para operar e construir novos data centers. Segundo estimativas, precisará atingir receita de US$ 200 bilhões até 2030 para se tornar lucrativa.

A OpenAI, avaliada em cerca de US$ 500 bilhões, assumiu mais de US$ 1 trilhão em obrigações financeiras com provedores de computação em nuvem e fabricantes de chips. Enquanto isso, o Google subsidia seus projetos de IA com receitas publicitárias de seu mecanismo de busca.

Contraofensiva em desenvolvimento

Apesar do alerta, a OpenAI não está parada. O memorando de Altman revela que um novo modelo de raciocínio será lançado na próxima semana, com desempenho superior ao Gemini 3 em avaliações internas. A empresa também planeja melhorias em seus modelos de geração de imagens.

Nick Turley, chefe do ChatGPT na OpenAI, reforçou publicamente o compromisso da empresa em tornar o chatbot “mais capaz, intuitivo e pessoal”, enquanto expande o acesso globalmente. A disputa promete novos capítulos nos próximos meses, com ambas as empresas investindo bilhões no desenvolvimento de IA.

Explosão de satélites vai comprometer fotos de telescópios, alerta Nasa

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Um novo estudo liderado pelo cientista Alejandro Borlaff, do Centro de Pesquisa Ames da Nasa, e publicado na revista Nature, alerta que a rápida proliferação de satélites em órbita baixa vai comprometer drasticamente as operações de telescópios espaciais, pois a luz refletida por esses dispositivos cria interferências que podem inviabilizar a ciência astronômica.

View of the Syncom IV satellite in orbit over the earth / satélite telescópio
NASA/Science Photo Library

A pesquisa indica que o número de dispositivos em órbita deve se multiplicar por 30 nos próximos 15 anos, passando de cerca de 15 mil para 560 mil até o ano de 2040, caso todos os planos de lançamento registrados na Comissão Federal de Comunicação dos EUA se concretizem. Esse aumento exponencial gera uma poluição luminosa sem precedentes no ambiente espacial, afetando diretamente a nitidez necessária para observar o cosmos profundo e detectar objetos distantes com precisão.

Embora a preocupação com a interferência luminosa já fosse uma realidade para os observatórios baseados em terra há mais de uma década, o novo trabalho demonstra que telescópios em órbita baixa, anteriormente considerados imunes e situados em posições privilegiadas, também sofrerão impactos severos. O estudo analisou dados do Telescópio Espacial Hubble e simulou cenários para outros três projetos futuros, revelando que a era da observação espacial livre de poluição humana está ameaçada.

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Interferência técnica e o fator Starlink

Como os satélites se movimentam muito rapidamente pelo espaço e as câmeras dos telescópios frequentemente necessitam de longos tempos de exposição para captar a luz fraca de galáxias distantes, a passagem desses objetos cria linhas luminosas nas fotografias. Mesmo que essa trilha não cruze diretamente a frente do objeto de estudo, ela gera um gradiente de luz difusa e aumenta o ruído de fótons na imagem, o que pode tornar a observação totalmente inútil para fins científicos.

Atualmente, a empresa Starlink, do bilionário Elon Musk, já lançou mais de 8.000 satélites, o que representa cerca de 65% da frota ativa de dispositivos em órbita hoje. Pelos cálculos da equipe de Borlaff, se essa tendência continuar, mais de um terço das imagens do Hubble se tornarão inviáveis para pesquisa em 15 anos. As simulações mostram que o Hubble, devido ao seu campo de visão mais estreito, ainda seria proporcionalmente menos afetado do que projetos com ângulos de observação maiores.

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O risco para os novos projetos

A situação é ainda mais crítica para observatórios promissores que ainda não foram lançados, como o SPHEREx da Nasa e o Arrakihs da Agência Espacial Europeia. As estimativas apontam que o telescópio chinês Xuntian, por exemplo, poderá ter imagens que lembram visualmente um tear devido à quantidade de linhas de perturbação, com uma média prevista de 92 trilhas de satélites por captura, tornando cerca de 96% dos dados coletados vulneráveis a essa contaminação luminosa.

O único grande projeto que permanece virtualmente imune a esse fenômeno é o Telescópio Espacial James Webb, um empreendimento de mais de US$ 10 bilhões. Isso ocorre porque a Nasa o posicionou em uma órbita muito mais distante do que a Lua, longe da congestão da órbita baixa da Terra onde operam as constelações de telecomunicação. No entanto, instrumentos como o Webb possuem tempo operacional limitado e objetivos muito específicos, não conseguindo suprir toda a demanda da astronomia.

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Desafios na mitigação do problema

Além das fotografias diretas, existe uma grande preocupação com projetos astronômicos que realizam espectroscopia para analisar propriedades materiais de estrelas, onde qualquer interferência mínima de luz compromete os resultados. A Starlink tem tentado minimizar a visibilidade usando tintas escuras, mas, embora o brilho não seja visível a olho nu nos modelos novos, eles continuam emitindo radiação infravermelha e refletindo ondas de rádio que perturbam os instrumentos sensíveis.

Para tentar mitigar o problema, os cientistas sugerem o uso de órbitas mais baixas para satélites de comunicação e a criação de sistemas públicos de monitoramento para que astrônomos saibam quando evitar observações. Contudo, essas medidas não neutralizam o impacto total, resultando no encarecimento dos projetos científicos, já que a remoção das trilhas de satélites das imagens exigirá trabalho extra e o desenvolvimento de tecnologias mais complexas de processamento.

TikTok investirá R$ 200 bilhões em data center no Ceará

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datacenter tiktok ceará
Reprodução/ChatGPT

O TikTok anunciou nesta quarta-feira (3) um investimento de R$ 200 bilhões para construir um data center no Ceará, em parceria com as empresas Omnia e Casa dos Ventos. O empreendimento será instalado no Complexo Industrial e Portuário do Pecém e operará exclusivamente com energia eólica, representando o maior aporte do tipo no Brasil e o primeiro da plataforma na América Latina. O anúncio foi feito durante evento em Fortaleza com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Esse projeto é um investimento histórico para a empresa no Brasil, são mais de R$ 200 bilhões e é um passo fundamental que reflete o compromisso da empresa com o Brasil, que é um dos mercados digitais mais dinâmicos do mundo”, declarou Mônica Guise, diretora de Políticas Públicas do TikTok no Brasil. O valor representa uma atualização expressiva em relação aos R$ 50 bilhões divulgados anteriormente pela ByteDance, controladora da plataforma de vídeos curtos.

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Localização estratégica e capacidade energética

O data center será construído em etapas, iniciando com consumo energético de 300 megawatts (MW), o suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 500 mil habitantes. A previsão de entrada em operação é 2027. O complexo ficará localizado na Zona de Processamento para Exportação (ZPE) do Porto do Pecém, posicionamento estratégico que oferece uma das rotas mais curtas do Brasil para Europa e África por meio de cabos submarinos.

Junto com os parceiros locais, a Omnia (gestora Patria Investimentos) e a Casa dos Ventos, o data center utilizará energia 100% limpa proveniente de parques eólicos que estão sendo construídos especialmente para o projeto. Nenhuma energia será retirada da rede elétrica atual, garantindo que não haverá competição com o consumo residencial e comercial do estado. Serão construídas novas usinas eólicas e solares dedicadas exclusivamente ao empreendimento.

Sustentabilidade e tecnologia de resfriamento

A tecnologia de resfriamento adotada não utilizará água. Toda a refrigeração dos equipamentos será feita por sistemas 100% baseados em ar com alta eficiência energética. O consumo de água da instalação será mínimo, restrito apenas a uso humano como banheiros, cozinha e limpeza, além de atividades rotineiras de manutenção predial. Essa decisão garante que não haverá impacto sobre o abastecimento hídrico da região, mesmo em períodos de maior demanda.

Geração de empregos e impacto social

As fases de obra e operação devem gerar mais de 4 mil empregos, entre temporários e permanentes, com média salarial de R$ 5 mil. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, destacou a importância do projeto: “Hoje é um dia histórico para o Ceará. Temos um desafio: trazer empresas com melhores salários para dar empregos de qualidade para nossa juventude”. Ele também ressaltou que as empresas estão obrigadas a investir R$ 15 milhões por ano no desenvolvimento das comunidades do entorno do Complexo do Pecém.

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Impacto econômico e desenvolvimento regional

O investimento movimenta cadeias produtivas essenciais como energia, logística, construção civil, tecnologia da informação, telecomunicações e serviços especializados. Os efeitos esperados incluem aumento da arrecadação local, atração de novos fornecedores, fortalecimento da indústria regional e estímulo à inovação tecnológica no estado. O projeto já conta com autorizações importantes, incluindo a que permite prestação de serviços de exportação de dados.

O presidente Lula demonstrou otimismo com o empreendimento. “Estou convencido de que este data center será algo extraordinário para o desenvolvimento tecnológico deste país. Ele pode servir de exemplo para outros data centers em outras partes do país”, afirmou durante o evento. O ministro da Educação, Camilo Santana, complementou que o Ceará receberá “talvez o maior investimento privado da história cearense” e destacou que será “o primeiro data center totalmente ambientalmente correto”.

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Divulgação/Governo do Ceará

Starlink lança conexão direta ao celular na América Latina via satélite

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direct to cell starlink
Divulgação/Starlink

A Starlink acaba de dar o pontapé inicial para sua expansão na América Latina com o lançamento do serviço Direct to Cell, tecnologia que conecta smartphones diretamente a satélites sem necessidade de antenas parabólicas. O Chile foi escolhido como primeiro país da região a receber a novidade, em parceria com a operadora local Entel.

A lista global de países com acesso à conectividade D2C da Starlink ainda é enxuta, incluindo menos de dez territórios como Estados Unidos, Japão e Canadá. A chegada ao mercado chileno marca uma virada estratégica para a região, que passa a contar com uma alternativa para as tradicionais zonas mortas de sinal móvel.

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O que é a tecnologia Direct to Cell

A sigla D2C significa Direct to Cell, ou direto para o dispositivo móvel. A principal diferença dessa solução está na eliminação da antena parabólica: o smartphone capta o sinal de satélite de forma direta, desde que tenha visão desobstruída do céu. Não importa se o usuário está em desertos, montanhas ou áreas rurais isoladas.

Divulgação/Starlink

Para viabilizar essa cobertura, a Starlink utiliza aproximadamente 650 satélites equipados com tecnologia D2C, que fazem parte de uma constelação maior já operacional. A empresa destacou a novidade nas redes sociais, afirmando que os usuários chilenos agora podem se manter conectados nas áreas mais remotas do país.

Limitações da fase inicial no Chile

Por enquanto, a conexão via satélite D2C da Starlink no Chile funciona apenas para mensagens de texto tradicionais (SMS). A empresa planeja liberar o uso de dados móveis por conexão via satélite em uma etapa futura, mas sem calendário público definido. A cobertura está disponível para clientes da Entel com planos de 150 GB e 450 GB, a partir de 12.990 pesos mensais (cerca de R$ 74,70), além dos planos Entel Black.

Outro filtro importante é a compatibilidade de hardware. A Entel mantém uma lista de smartphones homologados para o serviço, que já inclui mais de 40 modelos Samsung, aparelhos Xiaomi e dispositivos de marcas como Honor, Vivo e Motorola. Chamou atenção a ausência de iPhones na relação inicial, restringindo o acesso aos usuários de Android.

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O que muda para as áreas sem cobertura

A principal vantagem da tecnologia Direct to Cell é a eliminação de zonas sem sinal, mesmo que inicialmente limitada a SMS. Em situações de emergência ou trabalho em campo em regiões remotas como o Deserto do Atacama, a possibilidade de enviar mensagens pode ser decisiva para a segurança dos usuários.

A experiência ainda está distante da navegação plena em 4G ou 5G, e a exigência de visão livre para o céu permanece como uma restrição física. Mesmo assim, a chegada da Starlink ao segmento móvel cria uma nova camada de conectividade que tende a se expandir conforme dados e voz sejam incorporados ao pacote de serviços.

Pressão sobre operadoras e próximos passos

A entrada da Starlink no mercado de conexão direta ao celular traz um efeito competitivo claro. As operadoras móveis agora convivem com um modelo híbrido onde parte da cobertura deixa de depender exclusivamente de torres terrestres. Fabricantes de smartphones também precisam se adaptar para suportar a comunicação com satélites em órbita baixa.

A forma como a Starlink transformará um piloto baseado em SMS em uma oferta completa de dados móveis será o grande teste de maturidade da tecnologia. A experiência chilena deve ser observada de perto por reguladores, operadoras e usuários de toda a América Latina, incluindo Brasil e Argentina, que podem ser os próximos mercados da região a receber o serviço.

Os satélites da Starlink operam a 550 km de altitude, oferecendo latência média de 45 ms, muito inferior aos 680 ms de concorrentes tradicionais. Com velocidades duas vezes superiores a provedores como HughesNet e Viasat, a empresa de Elon Musk busca redefinir as comunicações globais, desafiando tanto provedores de internet via satélite quanto redes de fibra óptica. Vale lembrar que o desempenho da Starlink pode variar conforme a região, como já foi observado em alguns mercados.

Cerco ao gatonet derruba BTV, My Family Cinema e mais de 500 serviços piratas

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btv pirata pirataria gatonet
Reprodução/Hardware

Operações coordenadas no Brasil e na Argentina contra o chamado gatonet derrubaram 558 serviços de streaming pirata desde a última quinta-feira (27), incluindo aplicativos populares como My Family Cinema e BTV. As ações são desdobramentos de investigações que já eliminaram milhares de plataformas ilegais nos últimos meses, visando combater a pirataria audiovisual que movimenta milhões de reais e prejudica a indústria do entretenimento.

Leia mais:

Ações coordenadas

A operação mais recente, realizada na Argentina no domingo (30), tirou do ar 22 aplicativos piratas, entre eles BTV e Red Play. Esta foi a segunda fase de uma investigação que, no início de novembro, já havia derrubado outros 14 apps, incluindo My Family Cinema e TV Express. Três dias antes, no Brasil, a Operação 404 bloqueou 535 sites e um aplicativo de streaming em sua oitava fase.

my family cinema
Reprodução/G1

Segundo a Alianza, associação de empresas contra pirataria audiovisual na América Latina, os aplicativos derrubados tinham mais de 6,2 milhões de assinantes ativos, sendo 4,6 milhões apenas no Brasil. Entre os serviços que saíram do ar estão:

  • My Family Cinema
  • TV Express
  • Eppi Cinema
  • Vela Cinema
  • Cinefly
  • Vexel Cinema
  • Humo Cinema
  • Yoom Cinema
  • Bex TV
  • Jovi TV
  • Lumo TV
  • Nava TV
  • Samba TV
  • Ritmo TV
  • ALA TV
  • Blue TV
  • Boto TV
  • Break TV
  • BTV App/BTV Live
  • Duna TV
  • Football Zone
  • Hot
  • Mega TV
  • MIX
  • Nossa TV
  • ONPix
  • PLUSTV
  • Pulse TV
  • Red Box
  • RedPlay Live
  • Super TV Premium
  • Venga TV
  • Waka TV
  • WEIV
  • WeivTV – Nova

Muitas dessas plataformas eram acessadas por meio de TV boxes, também conhecidos como aparelhos de IPTV ou caixinhas de TV, que permitem transmitir serviços de streaming diretamente na televisão. Com a queda dos serviços, milhares de usuários que pagaram por assinaturas ficaram sem acesso ao conteúdo e recorreram a canais como o Reclame Aqui para tentar reaver seus valores.

Consumidores de serviços piratas ficam sem amparo legal

Entretanto, o Procon-SP alertou que, como as plataformas são usadas para transmitir conteúdo pirateado, os clientes perdem seus direitos de reclamação. Ao contratar serviços ilegais, os consumidores assumem os riscos de ficarem sem o produto adquirido e sem qualquer amparo legal para reivindicar ressarcimento.

Esquema sofisticado movimentava milhões

A investigação argentina, conduzida pelo departamento de crimes cibernéticos do Ministério Público Fiscal de Buenos Aires desde setembro de 2024, revelou um esquema sofisticado. Buscas realizadas em agosto de 2025 encontraram escritórios que funcionavam como empresas legítimas, mas eram centrais de pirataria. Um deles tinha até setor de Recursos Humanos com cerca de 100 funcionários.

Os usuários pagavam até US$ 5 por mês (cerca de R$ 27) pelos serviços ilegais, gerando um faturamento anual estimado em mais de US$ 150 milhões (aproximadamente R$ 800 milhões). A Alianza identificou a Argentina como base para integrantes do esquema buscarem clientes em países como Brasil, México, Equador e África do Sul. Os escritórios argentinos cuidavam apenas de marketing e vendas, enquanto a infraestrutura técnica estava hospedada na China.

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Operação 404 completa cinco anos de atuação

No Brasil, o Ministério da Justiça e Segurança Pública conduz desde 2019 a Operação 404, nome que faz referência ao “erro 404”, usado para indicar páginas não encontradas na internet. Na fase mais recente, foram cumpridos 44 mandados de busca e apreensão, quatro ordens de prisão preventiva e três prisões em flagrante, mirando as estruturas de financiamento dos serviços ilegais.

A operação contou com apoio das Polícias Civis de 15 estados, além da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), da Agência Nacional do Cinema (Ancine) e de autoridades da Argentina, Equador, Peru e Reino Unido. Desde seu início em 2019, a Operação 404 já bloqueou milhares de sites e aplicativos, removeu conteúdos ilegais de buscadores e derrubou perfis em redes sociais que promoviam esses serviços.

TV boxes podem ser usadas, mas com restrições

Quanto às TV boxes, a Anatel esclarece que esses aparelhos podem ser usados no Brasil, mas precisam ser homologados pela agência. O processo de homologação garante que o equipamento atenda requisitos técnicos relacionados à emissão de radiofrequências, segurança cibernética e uso regular das redes de telecomunicações. A lista de aparelhos autorizados está disponível no site da Anatel.

A agência alerta que, além de possibilitar a pirataria, TV boxes não homologadas podem interferir em outros aparelhos legítimos e permitir ataques hackers às redes de seus usuários. A Anatel colabora com entidades como Alianza, Ancine e Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA) para bloquear o funcionamento das TV boxes piratas e o conteúdo de serviços de streaming ilegais.

O uso constante do celular pode afetar sua saúde física; veja 5 sinais de alerta

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Imagem: Getty Images/Reprodução

Com o tempo, a presença do celular na vida cotidiana deixou de ser pontual. O aparelho passou a estar sempre por perto, seja durante o expediente, nos momentos de descanso ou até nas refeições. 

Porém, a conta sempre chega. Hoje em dia está mais que claro que essa conexão permanente, embora útil, pode ter efeitos menos óbvios sobre o corpo.

Médicos e pesquisadores vêm chamando a atenção para os impactos físicos que o uso prolongado do smartphone pode provocar. 

Em geral, os sintomas surgem aos poucos, sem alarde. Por isso, muitas pessoas só percebem o problema quando ele já se tornou parte da rotina.

Ficou interessado em saber mais? Então siga a leitura. Abaixo, listamos cinco sinais que merecem atenção. Veja!

1. Desconforto no pescoço e nos ombros

É comum inclinar a cabeça para olhar a tela do celular, mas esse movimento, quando repetido várias vezes ao dia, pode causar tensão acumulada. 

A região cervical sofre com esse esforço, e o desconforto tende a atingir também os ombros e a parte superior das costas. 

Não é raro que a dor passe a se manifestar diariamente, exigindo correção postural e, em alguns casos, fisioterapia.

2. Visão turva e olhos irritados com frequência

Quem passa muitas horas olhando para o smartphone pode começar a sentir os olhos secos ou a visão embaçada. A luz da tela e a falta de pausas para descanso visual contribuem para esses sintomas. 

Profissionais da área da saúde recomendam piscar com mais frequência e fazer intervalos regulares, mesmo durante atividades simples como navegar em redes sociais.

3. Mãos e/ou dedos sempre formigando

Segurar o celular por períodos longos, especialmente com uma das mãos, pode sobrecarregar tendões e nervos. 

O resultado disso pode ser dormência ou sensação de formigamento, principalmente à noite ou logo após o uso contínuo do aparelho. Em alguns casos, isso evolui para quadros mais sérios, como a síndrome do túnel do carpo.

4. Dificuldades para relaxar e dormir

O hábito de usar o celular antes de dormir é comum, mas prejudica o repouso. A luz emitida pelas telas interfere na liberação de melatonina, hormônio que regula o sono. 

Além disso, a estimulação mental gerada por mensagens, vídeos ou notícias mantém o cérebro em alerta, mesmo quando o corpo já pede descanso.

5. Pele do rosto menos saudável

Embora menos comentado, esse efeito também preocupa especialistas. O uso prolongado do celular próximo ao rosto pode facilitar o acúmulo de impurezas, além de expor a pele à luz azul. 

Isso favorece o aparecimento de acne e pode acelerar o envelhecimento cutâneo, principalmente em pessoas que já apresentam sensibilidade.

O equilíbrio é sempre o melhor caminho

A verdade é que celulares e smartphones tornaram-se aliados indispensáveis em diversas tarefas, inclusive algumas de alta importância, como trabalho e estudo. Mas, como em qualquer tecnologia de uso intenso, os excessos cobram um preço. 

Criar limites, fazer pausas e observar os sinais que o corpo dá pode evitar complicações futuras. A saúde, silenciosamente, agradece.

YouTube sem anúncios? Veja 3 alternativas gratuitas e legais

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Imagem: Shutterstock/reprodução

O YouTube é parte do cotidiano digital de milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Seja para acompanhar canais de interesse, ouvir música ou aprender algo novo, a plataforma se firmou como referência em conteúdo em vídeo.

Mas nem tudo são flores. O número crescente de anúncios, muitas vezes antes e durante a reprodução dos vídeos, tem gerado incômodo entre os usuários já há algum tempo.

Felizmente, para quem quer evitar essas interrupções sem recorrer à assinatura do YouTube Premium, existem algumas alternativas legítimas e sem custo que tornam a navegação mais fluida. 

A seguir, destacamos três caminhos possíveis, todos gratuitos e dentro da legalidade. Afinal, não vale usar de ilegalidades nem mesmo para driblar algo incômodo como o excesso de anúncios.

1. Aplicativos alternativos no Android oferecem mais liberdade

No sistema Android, há soluções que dispensam o aplicativo oficial do YouTube e oferecem uma experiência mais direta. 

O NewPipe, por exemplo, é uma das opções mais conhecidas nesse segmento. Ele permite assistir aos vídeos da plataforma sem anúncios, além de contar com funções como reprodução em segundo plano, download e controle de qualidade do conteúdo.

Outro app que segue a mesma linha é o Tubular, baseado no código do NewPipe, mas com algumas melhorias pontuais.

Ambos funcionam sem necessidade de login, o que garante mais privacidade. Por não estarem disponíveis na Play Store, esses aplicativos precisam ser instalados manualmente, a partir de arquivos confiáveis.

2. Navegadores com bloqueio nativo de anúncios são opção prática

Para quem não quer instalar novos aplicativos, o uso de navegadores com bloqueadores integrados pode ser uma boa saída. 

O Brave, por exemplo, bloqueia anúncios e rastreadores automaticamente, o que também vale para vídeos acessados pelo site do YouTube. Isso garante uma experiência mais limpa, sem precisar pagar por isso.

Outro navegador que tem ganhado espaço é o Banana Browser, que vem com um player otimizado e compatível com extensões como o SponsorBlock, uma ferramenta que salta trechos de patrocínio nos vídeos, conforme indicações da comunidade. Esses navegadores funcionam bem tanto em celulares quanto em computadores.

3. Na TV, o SmartTube melhora a experiência de quem assiste pela tela grande

Quem costuma assistir YouTube diretamente pela televisão também pode buscar uma alternativa ao aplicativo tradicional. O SmartTube é um desses caminhos. 

Compatível com dispositivos que rodam Google TV ou Android TV, ele permite uma navegação mais personalizada e sem interrupções comerciais.

O aplicativo conta com recursos extras que não estão presentes na versão oficial, como filtros de recomendações e controle avançado de qualidade de imagem. 

A instalação requer alguns passos manuais, mas o processo é simples e amplamente documentado em sites e fóruns especializados.

Quem adquire ‘gatonet’ está desamparado pela lei, alertam Procon e Anatel

Imagem: Shutterstock/reprodução

A suspensão repentina de dispositivos como o BTV e o bloqueio de centenas de serviços ilegais de TV e streaming provocaram uma nova onda de reclamações no Brasil. Milhares de consumidores recorreram a redes sociais e plataformas de atendimento ao cliente para expressar a insatisfação com o corte no acesso. 

Mas, ao contrário do que muitos imaginam, quem utiliza o famigerado “gatonet”, nome popular dado ao consumo de conteúdo pirata, fica de mãos atadas diante da legislação.

As ações fazem parte da Operação 404, coordenada pela Polícia Federal em parceria com autoridades internacionais. A ofensiva visa desmantelar o comércio e a distribuição de plataformas ilegais que operam à margem da lei, muitas vezes com aparência profissional e ampla divulgação.

Quem usa serviços piratas pode reclamar?

Embora o Código de Defesa do Consumidor preveja mecanismos de proteção, eles não se aplicam a serviços considerados ilegais, conforme citamos acima. 

Segundo o Procon-SP, o consumidor tem liberdade para registrar reclamações, mas deve estar ciente de que não há respaldo jurídico quando a contratação é feita fora dos limites legais.

A Anatel também se manifestou. Em comunicado recente, a agência destacou que produtos não homologados oferecem riscos que vão além da ilegalidade. 

O consumidor que opta por esses dispositivos, segundo o órgão, abre mão de qualquer amparo legal e se expõe a riscos técnicos reais.

Perigo dentro de casa: falhas e invasões

Muitos aparelhos utilizados para acessar “gatonet” funcionam sem qualquer tipo de certificação técnica. Isso significa que não passam por testes de segurança elétrica, nem possuem garantia contra falhas. 

Em alguns casos, há relatos de superaquecimento, travamentos e, mais grave, acesso remoto indevido por meio da rede doméstica.

Como se isso já não bastasse, especialistas em segurança digital alertam que os softwares embutidos nesses dispositivos podem ser utilizados para capturar dados de outros equipamentos conectados à mesma rede, como celulares e notebooks. O risco, nesse caso, deixa de ser apenas legal e passa a envolver a integridade digital da família.

Usar TV pirata dá cadeia?

Apesar de ser peça-chave na cadeia de consumo, o usuário final raramente é responsabilizado criminalmente, explica o advogado Guilherme Carboni, professor de Direito Digital. Ele relembra que a legislação brasileira foca suas sanções nos provedores e distribuidores de conteúdo pirata.

Entretanto, isso não significa que não haja consequências. “O principal prejuízo do consumidor é financeiro”, afirma Carboni. “Ao contratar um serviço sem registro legal, o usuário corre o risco de perder o dinheiro investido sem qualquer chance de reembolso ou assistência técnica”.

Pirataria persiste diante dos altos custos legais

O crescimento e resistência do “gatonet” não ocorre por acaso. Entre os fatores apontados estão os preços elevados de assinaturas oficiais e a facilidade de uso dos serviços piratas. 

Ao contrário dos antigos métodos com downloads e etapas técnicas, hoje basta conectar um aparelho e acessar o conteúdo, muitas vezes com interface amigável e variedade de canais.

Esse cenário favorece a disseminação da pirataria e dificulta o combate, especialmente entre consumidores que não percebem o risco envolvido. Em muitos casos, a falta de informação sobre a legalidade do serviço é o primeiro erro do usuário.

Será que vale a pena?

A promessa de pagar menos por mais conteúdo continua seduzindo parte dos brasileiros, mas os riscos associados ao uso de “gatonet” são diversos e vão muito além da queda de sinal. Do ponto de vista legal, técnico e financeiro, trata-se de uma escolha com consequências.

As operações em andamento mostram que a fiscalização está cada vez mais ativa. E embora o usuário não seja o alvo imediato, é ele quem arca com os prejuízos quando algo sai do controle.