A Cloudflare enfrentou uma falha de grandes proporções na última terça-feira (18), derrubando temporariamente serviços bastante conhecidos, como o ChatGPT, o Gemini (do Google) e a rede social X (antigo Twitter). A instabilidade afetou usuários de várias regiões do mundo, com relatos de sites fora do ar por várias horas.
Apesar de a situação ter sido parcialmente normalizada no mesmo dia, a volta à estabilidade completa ainda parece longe de ser uma realidade para todos.
Em algumas plataformas que utilizam os serviços da Cloudflare, como DNS, firewalls e redes de distribuição de conteúdo, os usuários continuam relatando lentidão e falhas pontuais.
Reclamações seguem mesmo após restauração
Até o momento de fechamento desta reportagem, o Downdetector, site que acompanha falhas técnicas com base em denúncias de usuários, somava cerca de 761 notificações relacionadas ao funcionamento da Cloudflare nas últimas 24 horas.
Embora o número esteja longe do que foi registrado no auge da crise, ainda chama atenção. Alguns usuários mencionam dificuldades ao acessar sites protegidos pela empresa, enquanto outros relatam falhas em integrações com APIs ou tempos de resposta anormais.
Qual é o papel da Cloudflare e por que ela é tão relevante?
Para quem não está familiarizado, a Cloudflare é uma empresa americana que presta serviços voltados à proteção e ao desempenho de sites e aplicativos.
Ela funciona como uma camada intermediária entre o servidor e o usuário, ajudando a proteger contra ataques e a manter o tráfego fluindo sem interrupções.
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Quando algo dá errado nesse processo, o impacto é grande. Milhares de serviços digitais usam a infraestrutura da empresa para garantir sua estabilidade, o que significa que uma falha no sistema pode afetar, literalmente, milhões de usuários ao mesmo tempo.
Dependência excessiva preocupa especialistas
O incidente reacendeu uma discussão antiga no setor de tecnologia: até que ponto é saudável depender de um único fornecedor para funções tão críticas?
A queda da Cloudflare levou empresas e especialistas a reforçarem o alerta sobre a centralização de recursos digitais.
Para muitos, é hora de investir em soluções mais distribuídas, com a participação de múltiplos provedores de DNS, CDN e proteção contra ameaças virtuais.
Assim, evita-se que uma falha em um único ponto derrube toda uma cadeia de serviços, como se viu no fim de semana.