26/04/2024

Plano B? Acionistas da Telecom Italia sugerem vender a TIM Brasil

Além da venda da operação brasileira, os acionistas pediram a saída de Pietro Labriola do comando da empresa italiana.

Nos próximos dias 03 e 05 de novembro, o conselho do Grupo TIM (antiga Telecom Italia) vai se reunir para analisar a oferta não vinculativa do fundo norte-americano KKR pela principal infraestrutura de rede da TIM, avaliada em cerca de 23 mil milhões de euros (24 mil milhões de dólares), incluindo dívida e alguns componentes variáveis.

A empresa tenta vender a NetCo – formada pela FiberCop, de infraestrutura de fibra óptica, e pela Sparkle, rede de cabos subaquáticos, que faz parte do plano da empresa para reduzir o endividamento. Segundo o balanço financeiro mais recente, a dívida líquida passa dos 26 bilhões de euros (aproximadamente R$ 138,3 bilhões).

Entretanto, no caso da KKR, o fundo apresentou uma proposta apenas pelo braço de fibra, que tem validade até 8 de novembro, podendo ser prorrogado até 20 de dezembro.

Neste fim de semana, o governo italiano afirmou manter apoio ao acordo com o fundo, após surgir um plano rival para o grupo de telecomunicações. “Qualquer outra iniciativa não faz parte das intenções do governo”, disse uma fonte governamental à agência Reuters.

A estratégia alternativa foi apresentada na sexta-feira (27) por uma empresa de investimento com sede em Londres que representa acionistas que detêm menos de 3% da TIM. Em carta enviada ao grupo, os acionistas Merlyn Advisors e RN Capital Partner contestaram o plano atual da empresa italiana de vender os ativos para o fundo KKR, e sugeriram um novo para a Telecom.

No caso, seria de manter o seu negócio de rede fixa, bem como as operações de serviços digitais e de nuvem, incluindo a Sparkle e a FiberCop, mas vender o negócio de retalho doméstico (carteira de clientes) e a operação brasileira (TIM Brasil). Além disso, ainda pediram a saída do diretor-presidente, Pietro Labriola.

Em resposta a estratégia alternativa apresentada pelos acionistas, segundo a fonte, o governo “(já) tomou outras decisões que contemplam outro plano”, acrescentando que a oferta da KKR foi a única proposta em que esteve envolvido. Afirmou também que o projeto para vender os ativos de rede fixa está dentro dos planos aprovados por unanimidade por seu conselho.

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